Mulher é indiciada por esconder corpo em geladeira por 7 anos
Uma mulher de 37 anos que escondeu o corpo de um advogado na geladeira por pelo menos sete anos, foi indiciada por ocultação de cadáver e maus-tratos contra a própria filha, de 14 anos, encontrada no apartamento da investigada. O corpo foi localizado em um imóvel no bairro Suíssa, em Aracaju, em 20 de setembro.
O que aconteceu:
O relatório das investigações foi encaminhado à Justiça e ao Ministério Público. “Nós ratificamos o indiciamento da investigada por ocultação de cadáver e por maus-tratos a menor de 14 anos. Diante de tudo que foi apurado no decorrer das investigações, já havia nos autos fartos indícios a justificar o indiciamento”, explicou o delegado Tarcísio Tenório, à frente do caso. A vítima foi identificada como sendo o jornalista e advogado Celso Adão Portella, que hoje teria 80 anos.
A mulher, que é técnica de enfermagem, está internada no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. A informação foi divulgada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, nesta terça-feira (3).
Em um novo depoimento à polícia, ela esclareceu que não matou a vítima. “Ela negou ter praticado qualquer ato criminoso no sentido de tirar a vida do companheiro. No entanto, ela continuou admitindo que apenas ocultou o cadáver com receio de ser responsabilizada. Então, aguardaremos a conclusão dos trabalhos periciais, mas o inquérito já foi remetido”, complementou Tarcísio Tenório.
O delegado também acrescentou que também ouviu familiares da vítima no decorrer da investigação. Tenório disse ainda que, independentemente das avaliações dos processos referentes à saúde mental da investigada, o inquérito encontra-se remetido à Justiça. “Já quanto à criança, ela está sob cuidados da família. O Conselho Tutelar vem acompanhando a situação e todas as providências estão sendo tomadas”, acrescentou.
Ainda há exames periciais sendo realizados pelo Instituto Médico Legal e pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses. “E também há pendências de alguns laudos como de local de morte pelo Instituto de Criminalística. Esse conjunto de elementos, assim que nos forem remetidos, serão encaminhados à Justiça para que o Ministério Público possa formar sua opinião”, disse o delegado.
*Fonte: UOL