Natal: Gislâne Cruz, uma rainha morta pela ‘imprudência’ na ‘Prudente’

“Aqui é mãe de Gislâne. A sua morte pegou a todos de surpresa e a levou de nós repentinamente. Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver com ela. Devemos sempre lembrar que Deus quer ao seu lado os melhores”. As aspas trazem trechos de uma mensagem de Berenice Cruz publicada na internet após a morte da filha, vítima da imprudência na Prudente.

Dona Berenice precisou de força para escrever a mensagem. Horas antes da publicação, Jailson do Nascimento, marido dela, e pai de Gislâne Cruz, dizia para a reportagem que a companheira estava “desesperada, muito abatida”. O casal sentia o baque de ter perdido a filha que havia acabado de sair de casa para trabalhar. No caminho, o carro da motorista de aplicativo Beverly Bezerra foi atingido pelo veículo que o oficial de justiça Josias Teixeira dirigia sob efeito de álcool.

Gislâne, a Professora Gis, havia saído de casa, em Cidade Satélite, para ir trabalhar na Avenida Amintas Barros. O acidente na Av. Prefeito Omar O`grady, o ‘Prolongamento da Prudente de Morais’, pôs fim a uma carreira promissora que, desde cedo, expôs o talento da bailarina que, por duas vezes, foi coroada rainha do Carnaval de Parnamirim.

Professora Gis era licenciada em Dança, pela UFRN, e dava aula em duas unidades dos Colégios Salesianos do RN, que suspenderam as atividades após a morte dela. As redes sociais da mulher demonstravam o amor pela profissão, um sentimento que contagiava quem convivia com ela. “Minha filha era uma trabalhadora feliz por fazer o que amava”, disse Jailson.

Neste ano, Gislâne apareceu no clip do artista Alan Persa, nome de sucesso da cena de Natal. A música Um Livro Sem Final fala sobre saudade. A coreografia da dançarina ilustra uma letra que traz trechos como: “Não vou mentir, quero estar contigo”. “O que mais se espera não está logo ali”. “Ter você por perto e não poder sentir”.

*Portal no Ar
Postado em 20 de maio de 2019