No RN, número de homicídios nos dias de carnaval quase dobra este ano
Pelo menos 41 pessoas foram assassinadas no Rio Grande do Norte durante o período de carnaval deste ano. As mortes foram registradas entre as primeiras horas da sexta (24) e as nove horas da manhã desta quarta-feira (1°) – um aumento de 41,4% de acordo com o Observatório da Violência do RN (OBVIO).
Ano passado, durante todos os dias de folia, foram 29 assassinatos. Já em 2015, foram contabilizados 24 homicídios.
Do total de assassinatos no estado, 38 pessoas foram mortas por arma de fogo, duas por arma branca e uma por espancamento. Entre os mortos há uma mulher.
“Apesar de não podermos relacionar completamente os homicídios ao carnaval, voltamos a constatar a falibilidade da técnica de reforçar apenas os locais onde ocorrem os principais eventos festivos”, disse o especialista em segurança pública Ivênio Hermes, que é um dos coordenadores do OBVIO.
Do total de assassinatos no estado, 38 pessoas foram mortas por arma de fogo, duas por arma branca e uma por espancamento. Entre os mortos há uma mulher.
“Apesar de não podermos relacionar completamente os homicídios ao carnaval, voltamos a constatar a falibilidade da técnica de reforçar apenas os locais onde ocorrem os principais eventos festivos”, disse o especialista em segurança pública Ivênio Hermes, que é um dos coordenadores do OBVIO.
Os corpos acumulados no Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) de Natal são o reflexo da violência no estado. Superlotado, o Itep reúne cadáveres fora das câmeras frigoríficas, ensacados no chão do pátio, expostos ao sol. Os técnicos e necrotomistas não têm autorização para conceder entrevista, mas contaram que as geladeiras estão tão cheias que algumas gavetas, individuais, têm até dois corpos Entre as vítimas da violência está o cabo da Polícia Militar Edmilson Nascimento de Oliveira Júnior. Baleado na noite da sexta-feira (24), ele não resistiu ao ferimento e morreu no sábado (25).
O PM levou um tiro nas costas durante uma tentativa de assalto em um bar na Av. das Alagoas, no conjunto Pirangi, Zona Sul de Natal.
“Não se pode continuar dando o tratamento eventual à segurança pública no RN, é preciso estabelecer políticas e ações de segurança contendo metas e que essas metas sejam submetidas à avaliação da sociedade civil organizada para aferição real de resultados, definindo se o planejamento foi exitoso ou se precisa de adequação”, comentou Hermes.
“Não se pode continuar dando o tratamento eventual à segurança pública no RN, é preciso estabelecer políticas e ações de segurança contendo metas e que essas metas sejam submetidas à avaliação da sociedade civil organizada para aferição real de resultados, definindo se o planejamento foi exitoso ou se precisa de adequação”, comentou Hermes.
Ao G1, a assessoria de comunicação da Polícia Militar disse que nenhuma morte ocorreu diretamente em locais de festa e que a PM só vai fazer um balanço ao final do carnaval.
Ainda segundo o especialista, “As políticas públicas de segurança e políticas de segurança pública precisam ser dinâmicas e aferíveis para ter chance de obtenção de resultados positivos”, criticou.
Ainda de acordo com os dados do Observatório, a maioria dos assassinatos registrados no período de carnaval deste ano aconteceu na capital. Foram 13 até o momento.
Ainda segundo o especialista, “As políticas públicas de segurança e políticas de segurança pública precisam ser dinâmicas e aferíveis para ter chance de obtenção de resultados positivos”, criticou.
Ainda de acordo com os dados do Observatório, a maioria dos assassinatos registrados no período de carnaval deste ano aconteceu na capital. Foram 13 até o momento.
Veja a tabela completa:
Natal: 13
Mossoró: 5
Parnamirim: 4
Ceará-Mirim: 2
São Gonçalo do Amarante: 2
Extremoz: 2
Arez: 1
Grossos: 1
Macau: 1
Martins: 1
Santa Cruz: 1
Tangará: 1
São Pedro: 1
Assu: 1
Porto do Mangue: 1
Carnaúba dos Dantas: 1
São Paulo do Potengi: 1
Itajá: 1
Nísia Floresta: 1
*G1 RN
Postado em 1 de março de 2017