Novo tratamento promete curar impotência com choques no pênis
Calma, pode soar extremo o tratamento de choque, mas urologistas e pacientes afirmam que o tratamento é indolor, pouco invasivo, e os efeitos começam a aparecer em poucas semanas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) já autorizou o uso da tecnologia no país, que começou a ser feito em 2015. Mas também não é a solução para todo o problema: a sociedade de urologistas diz que o tratamento deve ser visto com cautela, pois a tecnologia é nova e ainda não há estudos suficientes para comprovar seus resultados.
Em vez de dilatar as artérias já existentes por algumas horas, o que remédios como o Viagra fazem, os choques estimulariam a criação de novos vasos sanguíneos dentro do pênis. Com mais artérias levando o sangue, a circulação e rigidez aumentam.
“Não é para ser apenas um quebra-galho momentâneo. É para resolver o problema na estrutura do pênis”, diz o urologista Sérgio Bassi, que aguarda a liberação de uma máquina similar à já aprovada pela Anvisa.
As aplicações costumam demorar 20 minutos, quando quatro pontos de aplicação diferentes são escolhidos para a máquina estimular o pênis por completo. “São 900 disparos em cada local, totalizando 3.600 disparos por sessão”, diz José.
Um pacote com quatro sessões custa cerca de R$ 12 mil.
Após o início do tratamento não há contraindicação. “O paciente pode até transar para ver se sente a evolução. Geralmente a partir da segunda semana já aparecem diferenças significativas”, afirma Bassi.
Segundo os urologistas, todos com problemas de impotência podem tentar o método. A exceção é apenas para quem removeu enervações do pênis, como acontece em alguns casos de câncer de próstata.
“É muito perigoso e precoce afirmar que um tratamento é a salvação de todos sem uma análise aprofundada, indicação mais precisa e acompanhamento dos que já fizeram”, diz Cavalcante.
A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) também pede cautela. “A ideia é atraente, mas ainda não sabemos qual o perfil do paciente candidato, se há benefício real.
Médicos afirmam que, por ser novo e pela falta de pesquisas, não há como cravar qual será o tempo de duração das respostas causadas pelas ondas eletromagnéticas. “Não sabemos exatamente, mas os homens afirmam estar demonstrando 80% de sucesso em até dois anos”, afirma José. “Acredito que nos primeiros seis meses nunca há necessidade de reaplicação”, diz Bassi.