Padre Fábio de Melo relata encontro com travesti: “É um tapa na cara da gente”
Padre Fabio de Mello encontrou Luana Muniz no aniversário de Alcione e ficou sem reação |
A situação aconteceu no último fim de semana quando o padre compareceu ao aniversário de Alcione, no Rio de Janeiro
O padre Fábio de Melo relatou uma situação inusitada em que passou ao comparecer, no fim de semana, ao aniversário da cantora Alcione, na quadra da Mangueira, no Rio.
Fábio contou que durante o pouco tempo em que esteve lá, notou uma travesti olhando para ele. “Vou confessar publicamente minha a hipocrisia. ‘Meu Deus do céu, se esse rapaz pedir para tirar uma foto comigo? Como vou reagir?’
”
O padre continuou dizendo que começou a notar a sombra vindo em sua direção e que o seu preconceito e medo de exposição vieram à tona. “Que coisa horrorosa isso em nós. Como se eu fosse melhor. Isso é mesquinho, é vergonhoso o que eu estou dizendo.”
O padre continuou dizendo que começou a notar a sombra vindo em sua direção e que o seu preconceito e medo de exposição vieram à tona. “Que coisa horrorosa isso em nós. Como se eu fosse melhor. Isso é mesquinho, é vergonhoso o que eu estou dizendo.”
A travesti chegou até o padre e perguntou se ele costumava tirar fotos com “pecadores.” “Eu respondi, ‘mas é claro’ e abracei ele e tiramos a foto.
Antes de sair, ele disse ‘eu não acredito que o senhor permitiu’. E os olhos dele estavam emocionados.”
Depois do episódio, Fábio de Melo contou que Maria Helena, irmã de Alcione, falou a ele sobre a travesti, que se chama Luana Muniz e é superconhecido no Rio de Janeiro. É dela o bordão “travesti não é bagunça”, da matéria exibida pelo “Profissão Repórter”.
Depois do episódio, Fábio de Melo contou que Maria Helena, irmã de Alcione, falou a ele sobre a travesti, que se chama Luana Muniz e é superconhecido no Rio de Janeiro. É dela o bordão “travesti não é bagunça”, da matéria exibida pelo “Profissão Repórter”.
“Ela disse que ele mora na Lapa e criou um grupo que alimenta e recolhe todos os miseráveis daquela região. Quando ela me contou, eu comecei a unir as coisas dentro de mim. Eu não entro no mérito da questão da vida que ele leva, vamos deixar que Deus faça isso. Não sou síndico da Eternidade. Agora, que é um tapa na cara da gente, é?”
O padre finalizou o discurso com uma lição de moral. “Aquele que você enxerga e que, naturalmente, provoca um desconforto por ser tão diferente de nós, não sabemos quantas coroas da dignidade foram recolocados na vida daquela pessoa quando ele alimenta o próximo. Você é cristão e nem sempre está disposto a cuidar de quem está doente, colocar dentro da sua casa e dar de comer.”
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Postado em 10 de dezembro de 2015