Vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – Foto: Reprodução
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), anunciou neste terça-feira 1 que o ex-governador e atual vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) será o coordenador da transição de governo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Gleisi e o ex-ministro Aloizio Mercadante, que era outro cotado para a coordenação, também atuarão na equipe. Ainda não há, no entanto, definição sobre ministérios.
“Ele é o vice-presidente da República e tem mais do que legitimidade, poder político e institucional para conduzir isso. A decisão do presidente foi nesse sentido”, afirmou Gleisi ao justificar a escolha de Alckmin.
Segundo a presidente do PT, a ideia é começa os trabalhos na próxima quinta-feira, com reunião presencial em Brasília.
Gleisi afirma ainda que nessa comissão estarão partidos da coligação, que estiveram com Lula durante a campanha.
No fim da tarde de segunda 31, Gleisi telefonou para o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
Na conversa, descrita como respeitosa, ele se colocou à disposição para ajudar na transição e afirmou estar esperando orientação de Bolsonaro para indicar a equipe. Ele também ofereceu o Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, para ser a sede da transição.
O presidente eleito deverá viajar na noite desta terça para a Bahia, onde ficará até sexta-feira 4 sem compromissos oficiais.
PRF usa spray de pimenta para tentar liberar BR-101 em Parnamirim, RN
Policiais rodoviários federais usaram spray de pimenta para liberar um sentido da BR-101, em Parnamirim, na manhã desta terça-feira (1º). A rodovia foi interditada nos dois sentidos por volta das 23h30 de segunda (31).
O movimento registrado no RN se repete em outros estados do Brasil. Uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a PRF e as polícias militares dos estados tomem ações imediatas para desobstrução de vias ocupadas ilegalmente.
Com a ação dos policiais, a BR-101 no sentido Natal-Parnamirim foi liberada. Em seguida, a tropa de choque da PRF foi mobilizada para tentar liberar a BR-101 no sentido Parnamirim-Natal. Após negociação, a marginal da rodovia no sentido Parnamirim-Natal foi liberada.
Até a última atualização desta matéria a via principal da BR-101 no sentido Parnamirim-Natal continuava bloqueada.
Tropa de choque da PRF foi mobilizada para liberar a BR-101 no RN — Foto: Gustavo Brendo/Inter TV Cabugi
Protesto pelo país
Desde esta segunda-feira (31), caminhoneiros bolsonaristas ocuparam trechos de rodovias em estados do país em protesto contra a derrota do presidente Jair Bolsonaro na eleição para Luiz Inácio Lula da Silva do último domingo.
Derrota de Bolsonaro nas urnas
Bolsonaro foi derrotado no segundo turno das eleições, nesse domingo. Ao todo, com 100% das urnas apuradas, Lula obteve 60,3 milhões de votos (50,9% dos votos válidos), e Bolsonaro, 58,2 milhões de votos (49,1%).
No Rio Grande do Norte, Parnamirim foi a única cidade onde Bolsonaro foi o mais votado. Ele teve 53,67% (60.389 votos) contra 46,33% de Lula (52.136 votos).
BR-101, no RN< segue interditada no sentido Parnamirim-Natal — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Protesto causa bloqueio na BR-101, em Parnamirim/RN, desde a noite desta segunda-feira (31) — Foto: Vinícius Marinho/Inter TV Cabugi
Lacen-PE em análise de amostras para detectar varíola dos macacos — Foto: Miva Filho/Governo de Pernambuco
O Rio Grande do Note vai passar a realizar, a partir desta segunda-feira (31), o diagnóstico e a vigilância laboratorial da varíola dos macacos (monkeypox) no próprio estado, no Laboratório Central Dr. Almino Fernandes. Antes, as amostras eram enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Com o diagnóstico sendo feito no próprio estado, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) explica que os resultados serão liberados com maior rapidez – em até sete dias após o recebimento do material biológico.
De acordo com o diretor administrativo do Lacen/RN, o biomédico Derley Galvão, as unidades de saúde já estão cientes do fluxo e as amostras coletadas podem ser encaminhadas até às 17h ao Laboratório Central.
“A única mudança é que, ao invés de enviarmos as amostras, faremos as análises por aqui. Isto permitirá um diagnóstico e conduta clínica mais rápida, além de ações de Vigilância em Saúde mais efetivas, com geração de informações epidemiológicas em tempo mais oportuno”, explicou.
Segundo a Sesap, as análises permitirão, além de identificar a varíola dos macacos, conhecer a sua origem, como, por exemplo, se é da linhagem da África Ocidental ou não.
Além disso, esse diagnóstico vai possibilidar detectar outros vírus, como o orthopoxvirus e varicela-zoster.
“Com isso, podemos realizar um diagnóstico diferencial em casos suspeitos que apresentem sinais e sintomas clínicos comuns à varíola, herpes-zóster e monkeypox, como as bolhas na pele, por exemplo. Desta forma, continuamos ampliando os testes diagnósticos e as análises da Rede Laboratorial de Saúde Pública Estadual”, concluiu Derley.
“Decreta luto oficial no âmbito do Município de Cerro Corá/RN e dá outras providências”.
O Prefeito do Município de Cerro Corá/RN, no uso de suas atribuições legais conferidas pela Lei Orgânica Municipal,
DECRETA:
Art. 1º – Fica declarado Luto Oficial no Município de Cerro Corá, Estado do Rio Grande do Norte, por 03 (três) dias contados desta data, em sinal de profundo pesar, pelo falecimento da Sra. Sofia Marcelino Borges.
Art. 2°. Esse Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Confira o resultado das eleições nos 167 municípios do Rio Grande do Norte no 2º turno — Foto: José Cruz/ Agência Brasil
O g1 RN publicou textos com o resultado da votação em todos os 167 municípios potiguares para os cargos eletivos a serem escolhidos. Neste segundo turno, no Rio Grande do Norte o cargo disputado foi o de presidente da República.
As matérias trazem os dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de maneira automática. Os eleitores poderão ver qual candidato foi mais votado em sua cidade e saber exatamente o número de votos e os percentuais de votação.
A Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de disparos de armas de fogo na rua Tomaz do O em Currais, o ex presidiário identificado por Douglas Emanuel que deixou o presídio na última terça-feira. A polícia Civil e ITEP foram acionados.
As eleições foram decididas em 12 Estados neste domingo (30.out.2022). Com as definições, o país conheceu os 27 governadores eleitos nas eleições de 2022. Foram 15 disputas regionais definidas no 1º turno, em 2 de outubro….
Há 4 anos, 14 unidades da federação foram ao 2º turno, enquanto 13 decidiram na 1ª votação. …
Lista de Governadores eleitos:
ACRE Gladson Cameli (PP): Foi reeleito em 1º turno com 56,75% dos votos. Em 2018, ele rompeu a hegemonia de 20 anos de governos petistas no Estado. Sua família tem empresas de construção civil e exploração de madeira. Durante seu mandato, defendeu pautas conservadoras nos costumes e liberais na economia.
ALAGOAS Paulo Dantas (MDB): foi reeleito no 2º turno com 52,38% dos votos válidos, com 96,88% das urnas apuradas. Ele se tornou governador do Estado em maio deste ano por causa de um mandato-tampão.
AMAPÁ Clécio Luis (Solidariedade): Foi eleito em 1º turno com 53,69% dos votos. Foi prefeito de Macapá de 2013 a 2020. Também trabalhou como vereador da cidade.
BAHIA Jerônimo Rodrigues (PT): foi eleito em 2º turno com 52,53% dos votos válidos, com 96,08% das urnas apuradas. Foi secretário de Educação do Estado da Bahia no governo de Rui Costa. Também foi secretário executivo adjunto do ministério do Desenvolvimento Agrário, secretário nacional do Desenvolvimento Territorial e assessor especial do ministro do Desenvolvimento Agrário.
CEARÁ Elmano de Freitas (PT): Foi eleito em 1º turno com 54,02% dos votos. É deputado estadual desde 2014.
DISTRITO FEDERAL Ibaneis Rocha (MDB): Foi reeleito em 1º turno com 50,30% dos votos. Foi o 1º candidato à reeleição a vencer no 1º turno na história de Brasília. Foi presidente da OAB-DF (Ordem de Advogados do Brasil do Distrito Federal) de 2013 a 2015. Dono de um escritório de advocacia desde a década de 1990, ele disputou pela 1ª vez um cargo público em 2018, quando foi eleito governador.
ESPÍRITO SANTO Renato Casagrande (PSB): foi reeleito no 2º turno com 53,9%, com 94,65% das urnas apuradas. Ele foi eleito governador do Espírito Santo pela 1ª vez em 2010, mas não conseguiu a reeleição em 2014. Nas eleições de 2018, Casagrande foi eleito governador novamente.
GOIÁS Ronaldo Caiado (União Brasil): Foi reeleito em 1º turno com 51,81% dos votos. Foi deputado federal por 5 mandatos e senador de 2015 a 2018. No Congresso, atuou em pautas relacionadas à agricultura e à pecuária.
MARANHÃO Carlos Brandão (PSB): Foi reeleito em 1º turno com 51,29%. Assumiu o cargo em 2 de abril depois que Flávio Dino (PSB) renunciou. Comandou diversas secretarias no Estado, como Agricultura, Meio Ambiente e Casa Civil. Também foi deputado federal.
MATO GROSSO Mauro Mendes (União Brasil): Foi reeleito em 1º turno com 68,45% dos votos. Foi eleito prefeito de Cuiabá em 2012. Em 2018, venceu a disputa pelo governo mato-grossense no 1º turno.
MATO GROSSO DO SUL Eduardo Riedel (PSDB): Foi eleito no Mato Grosso do Sul no 2º turno com 56,43% dos votos válidos, 92,85% das urnas apuradas. Em 2015, ele passou a ocupar cargos no governo do Estado na gestão de Reinaldo Azambuja. Atuou como secretário de Governo e Infraestrutura, deixando o cargo em abril para disputar as eleições de 2022.
MINAS GERAIS Romeu Zema (Novo): Foi reeleito em 1º turno com 56,18%. Foi presidente do grupo Zema, empresa do ramo de varejo, até 2016. Em sua gestão, enfrentou desafios para ajustar as contas públicas do Estado.
PARÁ Helder Barbalho (MDB): Foi reeleito em 1º turno com 70,41% dos votos. Assumiu o Ministério da Pesca e Aquicultura no 2º mandato de Dilma Rousseff (PT).
PARANÁ Ratinho Jr. (PSD): Foi reeleito em 1º turno com 69,64% dos votos. Filho do apresentador de TV Ratinho, ele já atuou como deputado estadual, deputado federal e secretário de Desenvolvimento Urbano do Paraná.
PARAÍBA João (PSB): foi reeleito no 2º turno com 52,33% dos votos válidos, com 97,19% das urnas apuradas. Foi deputado federal por 2 mandatos. Já foi secretário de Infraestrutura de João Pessoa e ocupou a Secretaria de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídrico, Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia….
PERNAMBUCO Raquel Lyra (PSDB): eleita em 2º turno com 58,87% dos votos válidos, com 88,71% das urnas apuradas. Ela foi delegada da PF (Polícia Federal) e procuradora do Estado. Foi eleita deputada estadual por 2 mandatos. Em 2016, chegou à prefeitura de Caruaru, onde foi reeleita em 2020.
PIAUÍ Rafael Fonteles (PT): Foi eleito em 1º turno com 57,17% dos votos. De 2015 a 2022, foi secretário da Fazenda do Piauí. Ele deixou a função neste ano para concorrer pela 1ª vez a um cargo político.
RIO DE JANEIRO Cláudio Castro (PL): Foi reeleito em 1º turno com 58,67% dos votos. Ele assumiu o governo fluminense depois do impeachment de Wilson Witzel (PSC), em abril de 2021.
RIO GRANDE DO NORTE Fátima Bezerra (PT): Foi reeleita em 1º turno com 58,32% dos votos. Já atuou como deputada estadual e federal pelo Estado. Em 2014, elegeu-se senadora. Deixou o cargo para assumir o governo potiguar.
RIO GRANDE DO SUL Eduardo Leite (PSDB): foi eleito no 2º turno com 57,12% dos votos válidos, com 91,76% das urnas apuradas. Ele foi eleito governador do Estado em 2018, mas deixou o cargo em março para tentar o Planalto. Com a definição de Simone Tebet (MDB) como candidata do PSDB à Presidência, Leite se candidatou ao Governo.
RONDÔNIA Marcos Rocha (União Brasil): foi reeleito em 2º turno com 52,65% dos votos válidos, com 96,33% das urnas apuradas. Começou sua carreira política em 2018. É militar.
RORAIMA Antônio Denarium (PP): Foi reeleito em 1º turno com 56,47% dos votos. Além de político, é empresário, agricultor e pecuarista. Durante sua gestão, apoiou o setor industrial extrativista mineral do Estado e incentivou seu crescimento.
SÃO PAULO Tarcísio de Freitas (Republicanos): foi eleito no 2º turno com 55,34% dos votos válidos, com 93,86% das urnas apuradas. Carioca, esta foi sua 1ª eleição presidencial. Foi ministro da Infraestrutura do Governo Bolsonaro.
SANTA CATARINA Jorginho Mello (PL): foi eleito no 2º turno com 70,74% dos votos válidos, com 79,18% das urnas apuradas. É senador pelo Estado. Foi deputado federal por 2 mandatos e eleito deputado estadual 4 vezes. É presidente do PL em Santa Catarina.
SERGIPE Fábio (PSD): foi eleito no 2º turno com 51,84% dos votos válidos, com 97,12% das urnas apuradas. Já foi secretário de Estado do Trabalho e comandou a Secretaria Municipal de Esportes. Elegeu-se vereador de Aracaju em 2008. Foi deputado federal por 3 mandatos.
TOCANTINS Wanderlei Barbosa (Republicanos): Foi reeleito em 1º turno com 58,14% dos votos. Ele assumiu o cargo interinamente em outubro de 2021, depois que o STJ determinou o afastamento do governador Mauro Carlesse (Agir) por suposto pagamento de propinas.
No seu primeiro discurso como presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “ressuscitou” na política brasileira e que enfrentará “situação muito difícil” em seu novo mandato.
“Eu me considero um cidadão que teve um processo de ressurreição na política brasileira, porque tentaram me enterrar vivo, e eu estou aqui.
Eu estou aqui para governar esse país em uma situação muito difícil, mas eu tenho fé em Deus que com a ajuda do povo nós vamos encontrar uma saída para que esse país volte a viver democraticamente, harmonicamente, e a gente possa restabelecer a paz entre as famílias, entre os divergentes, para que a gente possa construir o mundo que nós precisamos e o Brasil”, declarou.
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito novamente presidente do Brasil. De acordo com a apuração realizada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o líder petista venceu o segundo turno da disputa, neste domingo (30), ao derrotar o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), o primeiro a não conseguir a reeleição.
Segundo dados atualizados até as 19h55, Lula tem 50,83% dos votos válidos, e Bolsonaro, 49,17%.
Quando assumir, em janeiro, Lula, 77, será o mais velho ocupante do cargo na história. Será sua terceira passagem pelo governo, que liderou em dois mandatos (2003-2010).
Após a altamente incomum campanha de 2018, quando os brasileiros elegeram um obscuro deputado federal dono de um discurso radical de direita em reação à implosão vigente do sistema partidário tradicional, desta vez a maioria do eleitorado buscou conforto numa figura conhecida.
Com efeito, Lula passou a jornada eleitoral vendendo a ideia de uma volta ao passado, quando a economia mundial era outra e favorável ao Brasil. Os diversos escândalos de corrupção associados ao seu partido, o PT, mantiveram sua rejeição alta, acima dos 40%, mas o caráter plebiscitário do pleito foi pior para Bolsonaro, que sempre registrou ao menos 50% de ojeriza dos eleitores.
O então candidato petista não quis se comprometer com soluções claras para problemas centrais, de resto inexistentes também na retórica radical de Bolsonaro, que passou todo o seu mandato em uma escalada autoritária que culminou nas investidas contra o próprio sistema eleitoral que o gerou.
Desde 2020, fala-se abertamente acerca do golpismo do atual presidente e qual apoio ele poderia angariar, levando até a inusuais manifestações em favor da democracia brasileira feitas pelos EUA.
Essa degradação institucional também favoreceu a figura apresentada por Lula, de compromisso com a democracia e com a previsibilidade, ainda que ele tenha pedido um cheque em branco ao eleitor, já que não colocou no papel as propostas citadas em discursos. Em janeiro de 2023 será conhecido o seu valor.
A campanha, salvo lamentáveis episódios em que houve mortes, só esquentou retoricamente ao longo do segundo turno, após Bolsonaro chegar a ele com uma votação superior à que se antecipava com base nas pesquisas. Voto útil de eleitores de Ciro Gomes (PDT) e abstenção foram apontados como responsáveis.
Pelo caminho ficaram o pedetista e Simone Tebet (MDB), surgidos das ruínas do projeto de terceira via que vitimou João Doria (ex-PSDB, fora do pleito), Sergio Moro (União Brasil, eleito senador) e tantos outros. Ciro parece no ocaso de sua carreira; Tebet, no começo. Ambos apoiaram Lula, mas a emedebista ganhou assento e voz na campanha, sugerindo que o governo do petista será de transição.
Durante a campanha, houve alguma oscilação nas curvas de intenção de voto, em geral favorável a Bolsonaro, favorecido pelo maior tempo de exposição do eleitorado à propaganda de suas medidas populistas outro resto a pagar para Lula Mas ao fim o desenho da disputa se manteve muito estável.
O arco narrativo entre o momento em que o petista deixou o poder, com popularidade acima de 80%, e seu triunfo agora é marcado por uma das maiores reviravoltas já registradas na política brasileira.
Em 2010, Lula conseguiu eleger a sucessora ungida, Dilma Rousseff (PT). Até 2013, ela registrava índices de aprovação até superiores aos do mentor, mas as ruas colapsaram nos atos de junho daquele ano.
As massas que ocuparam cidades inicialmente pelo reajuste da tarifa do transporte liberaram uma energia de protesto represada havia anos no país. A classe média ganhou corpo e, com ela, um eleitorado conservador mais aguerrido em um ambiente usualmente habitado pela centro-esquerda.
Dilma conseguiu se reeleger em 2014, mas com muita dificuldade. Seu rival à época, Aécio Neves (PSDB), iniciou um movimento de contestação de sua legitimidade e foi seguido por um Congresso cada vez mais insatisfeito com a ruína econômica que a petista começava a entregar na forma de recessão.
Ao mesmo tempo, desde aquele ano, a Operação Lava Jato trouxe níveis inauditos de revelações de corrupção envolvendo o mundo político, o PT à frente, mas não só. O clima de indignação, particularmente na classe média ante uma esquerda cada vez mais atônita, deu continuidade aos movimentos de 2013.
A tempestade perfeita atingiu Dilma em 2016, quando a petista foi impedida sob grandes protestos. Lula buscou se afastar, mas logo depois viu as investigações da Lava Jato chegarem a seus calcanhares.
Em 2018, condenado já em duas instâncias, o ex-presidente foi preso, com uma mãozinha do Exército de onde saiu Bolsonaro, por meio da pressão exercida por seu comandante sobre o Supremo Tribunal Federal que iria julgar um habeas corpus preventivo, mas o fato é que a corte teria decidido da mesma forma.
O episódio do post do general Eduardo Villas Bôas no Twitter ficou como marco da anomia que se insinuaria nos anos seguintes, de todo modo. Para os militares, é uma herança que, assim como a associação simbólica ao governo do capitão reformado, levará anos para ser processada. E Lula amargou 580 dias numa cela da Polícia Federal em Curitiba, coração da força-tarefa da Lava Jato.
Enquanto isso, o sistema político desmoronava com descobertas diversas de corrupção. O governo de Michel Temer (MDB), que era vice de Dilma, parou de funcionar em maio de 2017, após eclodir o escândalo no qual o presidente foi grampeado pelo empresário Joesley Batista. Aécio, um grande aliado, também caiu na rede pedindo dinheiro ao dono do frigorífico JBS e inviabilizou-se como candidato em 2018.
Terra arrasada, emergiu Bolsonaro, fingindo que seus 28 anos de Congresso o qualificavam de “outsider”. As franjas mais radicais da direita que se viam nas ruas desde o impeachment ganharam corpo nas redes sociais, defendendo abertamente ideias golpistas, autoritárias e intervencionistas.
Antes, o pleito municipal de 2016 confirmou o atestado de óbito temporário do PT, simbolizado na derrota do prefeito paulistano Fernando Haddad em primeiro turno. Lula ficou preso até dezembro de 2019, quando a mudança do entendimento do momento da prisão foi feita pelo mesmo Supremo que havia decidido endurecê-la e autorizá-la antes do trânsito em julgado. Em abril de 2021, veio a recuperação dos direitos políticos, a partir da anulação de suas condenações por uma questão processual.
No Brasil, a maré da Lava Jato refluiu, e Bolsonaro foi o primeiro a instrumentalizar isso. Trouxe para seu governo Moro, o juiz símbolo da operação, só para vê-lo sair atirando um ano depois. O ex-magistrado viu sua envergadura moral desaparecer no momento em que a Lava Jato em si foi encerrada por uma Procuradoria-Geral aliada do presidente e acabou imolado ao ser declarado parcial no Supremo.
Ao novo clima somou-se a turbulência em modo constante de Bolsonaro no poder, macaqueada de seu ídolo, Donald Trump. Até o roteiro de sedição apresentado pelo hoje ex-presidente americano quando ficou evidente que não tinha como contestar a vitória de Joe Biden em 2020, culminando na invasão do Capitólio dos EUA em janeiro do ano passado, foi copiado pelo brasileiro.
Nunca houve no Brasil um presidente tão divisivo. O escaninho que a história reservará a Bolsonaro é dividido entre a repugnância que causou na maioria do eleitorado e a adoração da grande fatia de pessoas que o apoia. É um capital que ele arregimentou, decisivo para definir seu papel daqui para frente.
A pandemia da Covid exacerbou todo o quadro, opondo um presidente negacionista a governadores obrigados a adotar medidas impopulares para tentar coibir a circulação do vírus. Os incentivos de Bolsonaro a tratamentos falsos e remédios ineficazes, assim como a protelação na compra de vacinas, lhe fizeram valer o apelido de genocida: sob sua guarda, morreram 686 mil brasileiros até aqui.
Dada a anemia com que alternativas se comportavam em pesquisas, Lula começou então sua caminhada de volta ao Planalto. O principal gesto simbólico foi a adesão de Geraldo Alckmin, seu adversário no segundo turno de 2006, que virou seu vice pelo PSB após mais de duas décadas no PSDB.
As dificuldades econômicas, em especial a inflação de alimentos, perseguiram Bolsonaro no primeiro semestre e selaram a preferência por Lula entre os mais pobres. No grupo de quem ganha até 2 salários mínimos, metade do eleitorado, o petista teve vantagem acima de 30 pontos ao longo da campanha.
Na elite, o petista evitou se apresentar por completo, mas fez sinalizações de que pretende governar de forma pactuada, porque não terá maioria natural no Congresso até que o centrão, que apoiou Bolsonaro e o abrigou, resolva se acomodar ao novo-velho presidente o que já é um processo em curso.
Ainda há dúvidas acerca de qual Lula irá se sentar na cadeira: se uma figura mais imperial, buscando lustrar sua imagem após os arranhões na reta final da carreira, preparando uma transição para um Brasil em que ele não seja personagem central, ou um presidente mais incisivo no cotidiano, talvez procurando vingança ou compensação pelo que percebe como injustiça sofrida.
Um primeiro teste será sua relação com o Judiciário: os mesmos ministros do Supremo que viveram às turras com Bolsonaro foram aqueles que validaram por um tempo o lava-jatismo e fustigaram Lula.
Nas últimas semanas, o apoio dado pelo algoz do PT no escândalo do mensalão, o ex-ministro Joaquim Barbosa, e pelo ex-decano da corte Celso de Mello indicaram uma aproximação.
Lula terá duas vagas para preencher por aposentadoria no Supremo já em sua estreia no mandato. Isso, e a definição de um nome político que não assuste o empresariado na chefia da economia, serão sinalizadores potentes acerca do que pretende o ex-retirante de Garanhuns (PE).
Uma manhã de sábado (29) de terror na zona rural de Santa Cruz.
Bandidos realizaram uma sequência de assaltos a moradores na estrada que dá acesso ao Sítio Bom Jesus.
Pessoas que iam passando pelo local em três motos foram assaltadas e tiveram seus pertences roubados na ação dos criminosos.
Na sequência, um casal em um carro teve assalto anunciado pelos criminosos. O casal foi levado de refém.
A Polícia Militar foi acionada e iniciou perseguição ao veículo. Os bandidos bateram em uma pedra e abandonaram o carro e o casal.
Os criminosos fugiram pelo matagal e a Polícia Militar continua em perseguição para captura-los. O casal sequestrado passa bem e já está com a Polícia Militar.
A Polícia Civil está investigando o caso envolvendo a deputado federal Carla Zambelli (PL). Investigadores identificaram o homem perseguido pelo grupo de pessoas que estavam com a parlamentar. Por enquanto, os policiais investigam a hipótese de terem ocorrido os seguintes crimes: porte ilegal de arma, lesão corporal e disparo de arma de fogo.
Neste último caso, os policiais afirmam que dependerá da análise da direção do disparo para saber se um crime mais grave – tentativa de homicídio – ocorreu. Será a análise do vídeo com a direção do disparo que mostrará qual a intenção do homem que atirou em direção à pessoa perseguida por Zambelli e por seu grupo nos Jardins.
O caso deve ser registrado no 4.º Distrito Policial de São Paulo. Por enquanto, a ideia dos policiais é fazer um boletim de ocorrência para uma posterior abertura de inquérito policial a fim de ouvir testemunhas e as partes envolvidas no caso sobre o fato. Os vídeos devem ser enviados para a perícia.
Às 19h30 de ontem, tanto a vítima – identificada como Luan – quanto seus advogados Dora Cavalcante e Roberto Beijato Junior, ambos do grupo Prerrogativas, estavam a caminho da delegacia. “Houve uma desavença verbal e a partir daí a Carla Zambelli perdeu a cabeça e se exaltou. Ela não foi agredida. Ela tropeçou e foi atrás dele, como mostra o vídeo (veja abaixo)”. A defesa de Luan, de acordo com Beijato Junior, espera que a polícia investigue a ameaça, o porte de arma e o disparo feito na rua para saber se houve ou não tentativa de homicídio.
Vídeos divulgados em redes sociais na tarde deste sábado mostram a deputada Carla Zambelli com arma em punho nos Jardins, bairro de classe alta de São Paulo. Zambelli alega ter sido agredida. Reeleita, a segunda deputada mais votada de São Paulo recebeu 946.244 votos e politicamente é ligada ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
O Ipec divulgou neste sábado (29) sua última pesquisa antes do segundo turno da eleição presidencial. Encomendada pela Globo, a sondagem aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 54% dos votos válidos e que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 46%. Os eleitores vão às urnas neste domingo (30).
O novo levantamento foi feito entre quinta-feira (27) e sábado, e os resultados se referem à intenção de voto no momento das entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Para calcular os votos válidos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.
Este é o quinto levantamento do Ipec após o primeiro turno das eleições, realizado em 2 de outubro. Foram entrevistadas 4.272 pessoas em 236 municípios entre quinta-feira (27) e sábado (29). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-05256/12.
Nos votos totais, que incluem brancos, nulos e indecisos, o resultado da pesquisa divulgada neste sábado é este:
Lula (PT): 50% (tinha 50% no levantamento anterior do instituto, de 24 de outubro)
Bolsonaro (PL): 43% (tinha 43% no levantamento anterior do instituto)
Brancos e nulos: 5% (eram 5% no levantamento anterior do instituto)
Não sabem ou não responderam: 2% (eram 2% no levantamento anterior do instituto)
No primeiro turno, Lula recebeu 57,2 milhões de votos (48,4%), e Bolsonaro, 51,07 milhões (43,2%).
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Pesquisa realizada presencialmente pelo Instituto MDA, contratada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e divulgada neste sábado (29), aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 51,1% das intenções para votos válidos, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 48,9%.
Considerando a margem de erro de 2,2 pontos percentuais para mais ou menos, Lula e Bolsonaro estão tecnicamente empatados, a um dia do segundo turno das eleições.
Lula caiu 2,4 pontos percentuais desde o último levantamento do instituto, divulgado em 17 de outubro, enquanto Bolsonaro cresceu 2,4 pontos, nas intenções para votos válidos. As variações ocorreram fora da margem de erro.
A pesquisa foi realizada de 26 a 28 de outubro de forma presencial com 2002 pessoas, a um custo de R$ 168 mil. O nível de confiança é de 95%, e o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-01820/2022.
ESTIMULADA
VoTos válidos:
Lula (PT): 51,1% (tinha 53,5%)
Jair Bolsonaro (PL): 48,9% (tinha 46,5%)
VOTOS TOTAIS
Nos votos totais, quando são considerados os brancos, nulos e indecisos, Bolsonaro cresceu 3,1 pontos, e Lula oscilou 1,2 ponto para baixo.
Ambos empatam tecnicamente neste cenário: o ex-presidente tem 46,9% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro fica com 44,9%. Outros 5,6% indicaram voto branco, nulo ou que não iriam comparecer às urnas, e 2,6% ainda se mostram indecisos.
Pesquisa foi feita entre terça (25) e esta quinta-feira (27); margem de erro é de 2 pontos, para mais ou para menos. Se a eleição fosse hoje, Lula teria 53% dos votos válidos, e Bolsonaro, 47%. Resultados se referem à intenção de voto no momento das entrevistas.
Lula e Bolsonaro — Foto: REUTERS/Adriano Machado e Amanda Perobelli
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (27), encomendada pela Globo e pela “Folha de S.Paulo”, aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 49% de intenção de votos no segundo turno e que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem 44%.
O novo levantamento foi feito entre terça-feira (25) e esta quinta (27), e os resultados se referem à intenção de voto no momento das entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Lula (PT): 49% (49% no levantamento anterior, em 19 de outubro)
Bolsonaro (PL): 44% (45% no levantamento anterior)
Brancos e nulos: 5% (4% no levantamento anterior)
Não sabe ou não respondeu: 2% (1% no levantamento anterior)
Nos votos válidos, o levantamento apontou que Lula tem 53%, e Bolsonaro, 47%. Para calcular os votos válidos, são excluídos os brancos, os nulos e os de eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição. No levantamento anterior, Lula tinha 52% e Bolsonaro, 48%.
Já na pesquisa espontânea, os entrevistadores não apresentam previamente o nome de nenhum dos dois candidatos. Nesse cenário, Lula aparece com 47%, e Bolsonaro, com 42%. Além disso, 1% deram outras respostas. Brancos e nulos somaram 4%; outros 5% disseram que não sabem em quem votar.
Este é quarto levantamento do Datafolha após o primeiro turno das eleições, em 2 de outubro. O Datafolha entrevistou 4.580 pessoas, em 252 municípios, entre os dias 25 e 27 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com índice de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-04208/2022.
No primeiro turno, Lula recebeu 57,2 milhões de votos (48,4%), e Bolsonaro, 51,07 milhões (43,2%). O segundo turno está marcado para 30 de outubro.
Nossa homenagem a quem honra a missão de fazer a diferença na vida de muitas pessoas. Parabéns Servidores Públicos pelo seu dia! 28 de Outubro, dia do Servidor Público!
Letícia Neves tratava de câncer desde o início do ano, entre Fortaleza e Curitiba — Foto: Divulgação
A adolescente potiguar Letícia Maria Neves, de 12 anos, morreu nesta quinta-feira (27) após travar uma batalha de cerca de um ano contra um câncer agressivo, o Linfoma de Burkitt. Há cerca de uma semana, ela lançou uma campanha de financiamento coletivo para um novo tratamento, que custava cerca de R$ 2,5 milhões. Vários artistas participaram da campanha (leia detalhes abaixo).
O anúncio da morte da adolescente, conhecida como Lelê, foi anunciada pela própria família nas redes sociais. “Nossa Lelê está subindo para os céus nos braços de Jesus. Nossa família pede orações”, diz a mensagem.
Segundo a irmã da jovem, Luana Neves, “a doença avançou drasticamente” nos últimos três dias e Lelê não resistiu.
A família é de São Miguel, no interior do Rio Grande do Norte, mas se mudou para Fortaleza este ano para o tratamento da doença. Esses últimos meses ela passou em um hospital especializado em em Curitiba.
A campanha de financiamento de Lelê ganhou força nos últimos dias, com artistas como Tatá Werneck e Paolla Oliveira fazendo campanha para arrecadação do valo. O tratamento, conhecido como Cart T Cell , seria feito, em parte, nos Estados Unidos. Ela já tinha arrecadado quase R$ 500 mil.
A realização do novo tratamento era tida como urgente pela família. Isso porque a adolescente passava pelo seu momento “mais crítico”, segundo explicou a irmã Luana Neves ao g1 no início da campanha. Letícia realizou oito ciclos de quimioterapia, mas o tumor não regrediu.
Diagnóstico
Letícia recebeu no início deste ano o diagnóstico de Linfoma de Burkitt após uma série de exames feitos desde o ano passado. “Em uma consulta de rotina, a médica apalpou a massa no abdômen”, contou Luana.
Letícia Neves e a mãe — Foto: Divulgação
O tratamento
Letícia ainda não podia receber o transplante de medula óssea porque o câncer ainda não havia regredido. Foi daí que surgiu a possibilidade de fazer o tratamento Cart T Cell. A recomendação foi feita pela própria médica.
“Descobrimos [o tratamento] através de uma outra criança que ia fazer em Barcelona. E procuramos saber com as médicas. O hospital onde ela está já tem estrutura para realizar, mas o procedimento ainda não tinha sido liberado no Brasil”, explicou Luana.
Basicamente o tratamento consiste na retirada das células doentes de Letícia, que serão levadas para um laboratório nos Estados Unidos e retornarão mais saudáveis, sendo reinjetadas nela, na tentativa de combater o tumor.
Um homem identificado até o momento apenas como “Galeguinho”, foi preso na tarde desta quinta-feira (27) pela Polícia Militar. Ele é suspeito de participação no atentado contra guardas municipais, em setembro deste ano, no Parque da Cidade, em Cidade Nova.
A prisão se deu no momento em que policiais militares do 9º Batalhão realizavam patrulhamento de rotina no bairro Cidade Nova, em uma área conhecida como Rabo da Cachorra e visualizaram cinco pessoas em atitude suspeita. Três deles, segundo a polícia, estariam consumindo maconha.
Após abordagem policial, os detidos foram encaminhados para a 8ª Delegacia de Polícia, no bairro Cidade da Esperança. Foi na delegacia que surgiu a informação de que “Galeguinho” seria suspeito do ataque contra dois guardas municipais no Parque da Cidade, que resultou na morte de Domício Soares Filgueira e deixou uma guarda ferida, mas o suspeito negou ter participado do crime.
Ao tomar conhecimento da prisão, vários guardas municipais foram até a delegacia em busca de informações. A defesa de “Galeguinho” não quis se pronunciar. Policiais da Divisão Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) também estiveram na delegacia, para colher o depoimento do suspeito que assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foi liberado.
RELEMBRE O CASO
O guarda municipal de Natal, Domício Soares Filgueira foi morto e outra agente foi ferida durante uma ação criminosa no Parque da Cidade . O crime aconteceu no dia 29 de setembro deste ano, no acesso ao parque que fica no bairro de Cidade Nova, na zona Oeste de Natal.
Domício foi atingido com pelo menos um tiro na cabeça. O agente estaria cumprindo uma Diária Operacional. A guarda que foi ferida foi identificada como Ana Paula. Ela foi socorrida para o Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, no bairro de Tirol, na zona Leste da capital após ser baleada na perna.
A Polícia Militar e a própria Guarda Municipal de Natal realizaram buscas após o atentado, mas ninguém foi preso.
Acidente aconteceu na BR-304, em Angicos — Foto: Redes Sociais
Um acidente na BR-304, na altura do município de Angicos, no interior do Rio Grande do Norte, deixou uma pessoa gravemente ferida na tarde desta quinta-feira (27). Uma caminhonete ficou totalmente destruída com a batida.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), houve uma colisão traseira entre uma caminhonete, do tipo Nissan Frontier, e um caminhão-caçamba. O acidente aconteceu no km 145 da via.
A Polícia Rodoviária Federal informou que uma das vítimas da colisão foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada em estado grave para um pronto-socorro em Mossoró, na Região Oeste do estado.
A Prefeitura Municipal de Cerro Corá/RN através da Secretaria de Finanças e Tributação, realizou na tarde desta Quinta-feira (27/10), o pagamento antecipado do salário dos Servidores referente ao mês de Outubro/2022.
• Aqueles que são correntistas do Banco do Brasil, os recursos já estão creditados em conta!
• Os que são correntistas do Banco Bradesco, o crédito cairá em conta na manhã desta sexta (28).
É a economia local aquecida, é o compromisso com os nossos servidores públicos municipais.
Uma obra bastante singular devido a sua forma arquitetônica está sendo alvo de críticas pelas pessoas que passam no local e a vislumbram sendo construída no centro de nossa cidade.
Pela LEI MUNICIPAL Nº 717/2021 Lagoa Nova/RN, 29 de março de 2021, informa que o poder executivo municipal concede ao Serviço Social da Indústria — SESI/RN, o direito a cessão(empréstimo) da área que possui cerca de 424,48 m². Segundo a lei municipal, o prazo de empréstimo do terreno será de cinco anos, podendo ser renovado por igual período, dando o direito as edificações necessárias para implantação Do módulo físico referente ao projeto “SESI INDÚSTRIA DO CONHECIMENTO”.
A peculiar construção pode ser vista na Avenida Dr Silvio Bezerra de Melo, onde antes existia a Academia ao ar livre.
O fato das críticas é sobre o modelo da obra, constituído de um retângulo de apenas um cômodo, dois banheiros e um cozinha, ambos de tamanhos bem reduzidos.
Pela área localizada em setor estratégico e pela instituição que vai usufruir da área, era esperado pela sociedade uma construção mais moderna e a altura do local onde está sendo edificada.
Carro capotou após subir barranco e bater em árvore, no interior do RN — Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi
Um motorista de 49 anos morreu após perder o controle do carro, subir um barranco, bater em uma árvore e capotar. O caso aconteceu na noite de quarta-feira (26) na zona rural de Riachuelo, no interior do Rio Grande do Norte.
Segundo a polícia, o acidente aconteceu em uma estrada que liga a cidade de Riachuelo à comunidade rural Serra da Formiga, por volta das 22h.
A vítima foi identificada como Alcides Alves de Araújo. Além do motorista, estavam no carro a esposa dele, de 40 anos, e o filho do casal, que tem 7 anos.
Alcides ainda chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi levado à unidade mista de saúde do município, mas não resistiu aos ferimentos.
A esposa e o filho dele foram socorridos levados pelo Samu ao Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, em Natal.
Na cidade, Alcides era conhecido como Júnior de Alcides e trabalhava na Secretaria Municipal de Educação.
Distribuição gratuita de passagens para a eleição segue nesta quarta-feira (26) na Rodoviária de Natal — Foto: Pedro Trindade / Inter TV Cabugi
As passagens gratuitas para 30 cidades do Rio Grande do Norte no período das eleições estão esgotadas. Foi o que informou a Transpasse, empresa responsável pela emissão das passagens, em um dado atualizado às 16h30 desta quarta-feira (26), segundo dia de distribuição no Terminal Rodoviário de Natal.
As passagens em questão têm como destino as cidades do interior do Rio Grande do Norte, tendo como ponto de partida o terminal da capital potiguar.
As cidades que já não possuem mais passagens são:
Assú
Mossoró
Messias Targino
Janduís
Campo Grande
Lajes
Paraú
Triunfo Potiguar
Caraúbas
Apodi
Tenente Laurentino Cruz
Jardim de Piranhas
Patu
Olho d´Água do Borges
Umarizal
Mossoró
Riacho da Cruz
Itaú
São Francisco do Oeste
Pau dos Ferros
Encanto
São Miguel
Rafael Godeiro
Almino Afonso
Lucrécia
Frutuoso Gomes
Alexandria
Areia Branca
Cerro Corá
Lagoa Nova
Ao todo, de acordo com a empresa responsável pela distribuição, já foram emitidas 14.712 passagens de ida e volta para os eleitores.
As distribuição de passagens gratuitas para o fim de semana do segundo turno das eleições começou nesta última terça-feira (25) em Natal e outros municípios do interior do estado. Somente no primeiro dia de ação foram emitidos 13,5 mil tickets para os eleitores no Terminal Rodoviário de Natal.
Emissão no interior
No sentido inverso, segundo a Transpasse, todos os municípios do Seridó potiguar estão com passagens esgotadas com destino à capital do estado.
Ao contrário do que foi informado pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (Fetronor) na terça (25), todas as rodoviárias do estado, com exceção de Mossoró, começaram a distribuição de bilhetes de viagens gratuitos no mesmo dia. Inicialmente a entidade havia informado que os terminais rodoviários do interior só iniciariam esse processo nesta quarta-feira, mas a informação foi retificada pela assessoria no início desta manhã.
Mossoró foi a única cidade do estado que, de fato, começou a distribuição nesta quarta-feira. Por volta das 8h o terminal rodoviário do município começou a entregar as passagens gratuitas aos eleitores.
Uma das pessoas que foram logo cedo até a rodoviária mossoroense foi Edileusa da Costa, que é cuidadora de idosos e mora em Mossoró, mas vota em Natal. Ela elogiou a entrega gratuita das passagens. “No primeiro turno eu estava aqui, mas fui votar. Tive que pagar a ida e a volta; agora ficou ótimo”, disse.
Decreto
Para conseguir retirar a passagem gratuita, é preciso comprovar no título ou no e-título que o local de votação fica em outra cidade. Será dada a passagem de ida e de volta. No fim de semana, não haverá emissão de passagens.
O decreto do governo do estado que determinou a gratuidade foi publicado na quinta-feira passada (20). De acordo com ao texto, as empresas vão fornecer o transporte aos passageiros e serão ressarcidas pelo governo do estado, por meio do orçamento da Secretaria Estadual de Trabalho, Habitação e Assistencia Social (Sethas).
A medida foi adotada após decisão do ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, que autorizou o transporte gratuito de passageiros no dia do pleito, feito pelos sistemas de transporte público estaduais e municipais.
Para cidades da Grande Natal, a gratuidade vale apenas para o domingo (30) e a catraca será livre, sem necessidade de apresentar título de eleitor nos ônibus.
No município de Natal, a prefeitura anunciou no início da noite desta segunda-feira (24) a gratuidade para o transporte público na cidade.
Mossoró começou nesta quarta-feira (26) a distribuir passagens gratuitas para os eleitores — Foto: Amanda Melo / Inter TV Costa Branca
É preciso apresentar algum documento para ter acesso ao serviço?
Sim. Segundo o decreto do governo do estado, a gratuidade do transporte fica condicionada à apresentação do título de eleitor, do e-título ou de qualquer “meio idôneo” que comprove a identidade e o local de votação do usuário.
Para a saída do município onde o eleitor tem domicílio eleitoral, a gratuidade fica condicionada à apresentação do comprovante de votação e à utilização anterior da gratuidade para o trecho de ida.
Como emitir passagens com gratuidade?
Segundo o presidente da Fetronor, Eudo Laranjeira, no caso das linhas com destino mais longo, será necessário que o passageiro vá até a rodoviária para garantir a passagem.
“Na área intermunicipal, naquelas linhas mais distantes, como Pau dos Ferros, Caicó, Currais Novos, Macau, a pessoa precisa ir à rodoviária”, afirmou.
No caso de cidades mais próximas e do transporte metropolitano, a passagem será garantida na própria catraca do veículo mediante a apresentação da documentação exigida pelo decreto ao longo do dia de eleição.
Existe limite de vagas para gratuidade?
Segundo Eudo Laranjeira, da Fetronor, não existe limite de vagas de gratuidade para eleitor nos ônibus. “O limite será a própria capacidade do veículo. Se o veículo tiver 50 vagas, os 50 passageiros podem ser eleitores com gratuidade”, explicou.
Haverá aumento da frota?
Segundo a Fetronor, a previsão é de aumento de 30% no número de viagens intermunicipais, além de ampliação da frota de veículos em circulação na região metropolitana. O percentual de ampliação para este último tipo de viagem não foi informado.
Quanto custam as passagens custeadas?
A passagem mais barata a ser custeada pelo governo será a do trecho entre Natal e Parnamirim, feito pela Empresa Trampolim, que é de R$ 4,20. O trecho mais caro é o de Natal a São Miguel, no Alto Oeste, que custa R$ 106. O segundo mais caro é de Natal a Pau dos Ferros: R$ 96 somente a ida ou a volta.
O grupo intitulado “Bispos do Diálogo pelo Reino”, que reúne bispos católicos brasileiros, divulgou, nesta segunda-feira (24), uma carta na qual se posiciona contra a reeleição de Jair Bolsonaro (PL).
O coletivo congrega bispos da Igreja Católica de diversas regiões do país. Em um dos trechos do documento, os religiosos dizem que o segundo turno das eleições coloca a população brasileira “diante de um desafio dramático” que não permite neutralidade.
Irmãos e irmãs,
Somos bispos da Igreja Católica de várias regiões do Brasil, em profunda comunhão com o Papa Francisco e seu magistério e em plena comunhão com a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB que, no exercício de sua missão evangelizadora, sempre se coloca na defesa dos pequeninos, da justiça e da paz. Lideramos a escrita de uma primeira Carta ao Povo de Deus, em julho de 2020. Diante da gravidade do momento atual, nos dirigimos novamente a vocês.
O segundo turno das eleições presidenciais de 2022 nos coloca diante de um dramático desafio. Devemos escolher, de maneira consciente e serena, pois não cabe neutralidade quando se trata de decidir sobre dois projetos de Brasil, um democrático e outro autoritário; um comprometido com a defesa da vida, a partir dos empobrecidos, outro comprometido com a “economia que mata” (Papa Francisco, A Alegria do Evangelho, 53); um que cuida da educação, saúde, trabalho, alimentação, cultura, outro que menospreza as políticas públicas, porque despreza os pobres. Os dois candidatos já governaram o Brasil e deram resultados diferentes para o povo e para a natureza, os quais podemos analisar.
Iluminados pelas exigências sociais e políticas de nossa fé cristã e da Doutrina Social da Igreja Católica precisamos falar de forma clara e direta sobre o que realmente está em jogo neste momento. Jesus nos mandou ser “luz do mundo” e a luz não deve ficar escondida (Mt 5,15).
Somos testemunhas de que o atual governo, que busca a reeleição, virou as costas para a população mais carente, principalmente no tempo da pandemia. Apenas às vésperas da eleição, lançou um programa temporário de auxílio aos necessitados. A 59ª Assembleia Geral da CNBB constatou “os alarmantes descuidos com a Terra, a violência latente, explícita e crescente, potencializada pela flexibilização da posse e porte de armas […]. Entre outros aspectos destes tempos, estão o desemprego e a falta de acesso à educação de qualidade para todos. A fome é certamente o mais cruel e criminoso deles, pois a alimentação é um direito inalienável” (Mensagem da CNBB ao Povo Brasileiro sobre o Momento Atual). A vida não é prioridade para este governo.
O chefe de governo e seus apoiadores, principalmente políticos e religiosos, abusaram do nome de Deus para legitimar seus atos e ainda o usam para fins eleitorais. O uso do nome de Deus em vão é um desrespeito ao 2º mandamento. O abuso da religião para fins eleitoreiros foi condenado em nota oficial da presidência da CNBB (11/10/2022), para a qual “a manipulação religiosa sempre desvirtua os valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que necessitam ser debatidos e enfrentados em nosso Brasil”.
Enquanto dizia “Deus acima de tudo”, o presidente ofendia as mulheres, debochava de pessoas que morriam asfixiadas, além de não demonstrar compaixão alguma com as quase 700 mil vidas perdidas para a Covid-19 e com os 33 milhões de pessoas famintas em seu país. Lembramos que o Brasil havia saído do mapa da fome em 2014, por acerto dos programas sociais de governos anteriores. Na prática, esse apelo a Deus é mentiroso, pois não cumpre o que Jesus apresentou como o maior dos mandamentos: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (Mt 22, 37). Quem diz que ama a Deus, mas odeia o seu irmão é “mentiroso” (1Jo 4,20).
Os discursos e as medidas que visam armar todas as pessoas e eliminar os opositores estão em contradição tanto com o 5º mandamento, que diz “não matarás”, quanto com a Doutrina Social da Igreja, que propõe o desarmamento e diz que “o enorme aumento das armas representa uma ameaça grave para a estabilidade e a paz” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, 508).
Vivemos quatro anos sob o reinado da mentira, do sigilo e das informações falsas. As fake news (notícias falsas veiculadas como se fossem verdades) se tornaram a forma “oficial” de comunicação do governo com o povo. Isso fere o 8º mandamento, de não levantar falso testemunho, mas mostra também quem é o verdadeiro “senhor” dos que, perversamente, se dedicam a espalhar falsidades e ocultar informações de interesse público. Jesus diz que o Diabo é o pai da mentira (Jo 8, 44), enquanto Ele é o “caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).
A Mensagem ao Povo Brasileiro, da 59ª Assembleia Geral da CNBB, alertou-nos, também, de que “nossa jovem democracia precisa ser protegida, por meio de amplo pacto nacional”. No entanto, o atual governo e os parlamentares que o apoiam ameaçam modificar a composição do Supremo Tribunal Federal para criar uma maioria de apoio aos seus atos. O controle dos poderes Legislativo e Judiciário sempre foi o passo determinante para a implantação das ditaturas no mundo.
Os cristãos têm capacidade para analisar qual dos dois projetos em disputa está mais próximo dos princípios humanistas e da ecologia integral. Basta analisar com dados e números e perguntar: qual dos candidatos concorrentes valorizou mais a saúde, a educação e a superação da pobreza e da miséria e qual retirou verbas do SUS, da educação e acabou com programas sociais? Quem cuidou da natureza, principalmente, da Amazônia e quem incentivou a queima das florestas, o tráfico ilegal de madeiras e o garimpo em terras indígenas?
Não se trata de uma disputa religiosa, nem de mera opção partidária e, tampouco, de escolher o candidato perfeito, mas de uma decisão sobre o futuro de nosso país, da democracia e do povo. A Igreja não tem partido, nem nunca terá, porém ela tem lado, e sempre terá: o lado da justiça e da paz, da verdade e da solidariedade, do amor e da igualdade, da liberdade religiosa e do Estado laico, da inclusão social e do bem viver para todos. Por isso, seus ministros não podem deixar de se posicionar, quando se trata de defender a vida do ser humano e da natureza. Nossa motivação é ética e não decorre do seguimento de um líder político, nem de preferências pessoais, mas vem da fidelidade ao Evangelho de Jesus, à Doutrina Social da Igreja e ao magistério profético do Papa Francisco.
Deus abençoe o povo brasileiro e o Espírito Santo de sabedoria e verdade ilumine nossas mentes e corações, na hora de votarmos nesse segundo turno das eleições de 2022. Vejamos Jesus no rosto de cada pessoa, especialmente dos pobres que sofrem e não em autoridades humanas que os manipulam em nome de um projeto ideológico de poder político e econômico.
Em 24 de outubro de 2022, Memória de Santo Antônio Maria Claret, bispo.