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O filho da advogada Andreia da Silva Teixeira, de 44 anos, morta a tiros em um condomínio em Parnamirim, na Grande Natal, na madrugada desta quarta-feira (28), disse que a mãe teve medo de terminar a relação com o ex-companheiro por se sentir “muito ameaçada”, e que ela pensava inclusive em se mudar do Rio Grande do Norte.
De acordo com a Polícia Civil, o ex-companheiro dela, que é ex-policial penal do Rio Grande do Norte, é o principal suspeito de ter cometido o crime, que também resultou na morte de Lenivaldo César de Castro, de 52 anos, atual companheiro de Andreia.
Os investigadores descobriram que o carro usado na ação criminosa era alugado, e também fizeram buscas no provável endereço do suspeito, mas até a atualização mais recente desta matéria, ele não havia sido encontrado.
O filho de Andreia, Ronald Teixeira, contou que reconheceu nas câmeras de segurança – ao lado da polícia – que o autor do assassinato poderia se tratar do ex-namorado da mãe.
“A polícia chegou, foi ver as câmeras, e nas câmeras a gente conseguiu identificar que foi o ex-companheiro dela”, contou.
Ronald não estava em casa no momento do crime, mas foi avisado pela irmã, que acordou após os disparos, que aconteceram na frente da residência, dentro de um condomínio fechado.
De acordo com ele, a mãe estava receosa de terminar o relacionamento e cogitou até se mudar para outro estado.
“Era um relacionamento bem conturbado, já fazia muito tempo que ela tentava sair e se sentia muito ameaçada. Tinha medo de algum tipo de represália e não conseguia sair do relacionamento”, disse.
“Ele insistia e ela se sentia ameaçada, ela me dizia isso. A gente estava até planejando se mudar, talvez até do estado”, completou Ronald.
O filho de Andreia fez um apelo às autoridades responsáveis para que o crime não vire “mais um caso sem solução”.
“Minha mãe era uma pessoa íntegra, era uma pessoa que fazia a diferença, era advogada criminalista, fazia a diferença no estado. Ela estava virando referência no trabalho dela”, disse.
“Do mesmo jeito que a vida dela hoje foi ceifada, ela lutava por vidas. Então, o meu apelo é por justiça, para não deixar esse crime passar”, completou.
A investigação do caso é conduzida pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Parnamirim.
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