Intervenção no RJ inviabiliza votação da Previdência até dia 28, diz Maia
Maia disse, no entanto, que vai continuar o debate sobre a reforma da Previdência, e que a reunião com os governadores na próxima segunda-feira, 19, está mantida.
Maia voltou a admitir que hoje a base aliada do governo não tem os 308 votos necessários para aprovar as mudanças nas regras previdenciárias, mas disse que vai continuar trabalhando para alcançar os votos. “Quando tiver os votos, vamos avaliar o que fazer. Eu espero que esse momento chegue e chegue rápido”, afirmou.
Segundo ele, o “desconforto” é porque tem ano eleitoral e começa a janela partidária, quando deputados trocam de partidos, em março. “Não posso exigir de outros deputados a mesma compreensão que tenho. A sociedade ainda é majoritariamente contra a reforma da Previdência”, afirmou.
De acordo com Maia, cada deputado representa um segmento e não são todos tratam do tema fiscal.
Enquanto a intervenção vigorar, não pode haver alteração na Constituição. Ou seja, nenhuma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), entre elas a 287, que altera as regras do INSS, pode ser aprovada.
“Não acho que uma coisa tem relação com a outra.
Maia, que foi contra a intervenção, disse “ter certeza” que Temer tomou a decisão baseada em informações “muito contundentes” sobre descontrole na segurança pública.
O presidente da Câmara voltou a dizer que vai continuar “articulando votos para votar a redução das despesas do Estado brasileiro” e que as condições para se votar essas matérias serão dadas “nós próximos dias”.
Estadão