O início da campanha para as eleições presidenciais do Brasil começam em menos de um ano (26 de agosto de 2018), mas, desde já, diversos nomes têm sido vinculados ao pleito; alguns mais consolidados, como Lula (PT) e João Doria (PSDB), e outros mais incertos, como Marina Silva (Rede Sustentabilidade).
O Portal Agora RN separou os principais políticos que podem disputar a preferência do eleitor brasileiro no ano que vem. Confira:
Lula (Partido dos Trabalhadores): Da parte do PT, a incógnita quanto à viabilidade jurídica da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, condenado em primeira instância na Lava Jato, deixa a centro-esquerda em compasso de espera. Enquanto isso, o petista segue em caravana pelo Nordeste com o intuito de fortalecer novamente seu nome.
Geraldo Alckmin (Partido da Social Democracia Brasileira): Entre os tucanos, o senador Aécio Neves (MG), ao apoiar o impeachment de Dilma Rousseff (PT), seria o herdeiro natural da recuperação econômica que se esperava com a posse de Temer. Atingido pela Lava Jato, abriu espaço para o governador paulista, Geraldo Alckmin, pleitear a candidatura.
João Doria (Partido da Social Democracia Brasileira): O desgaste da classe política tradicional, contudo, vem servindo de palanque para o prefeito paulistano, João Doria, apresentar-se como representante do “novo”. A disputa velada entre Geraldo Alckmin e o prefeito de São Paulo reorganiza forças dentro do PSDB e mesmo fora, com sondagens do Democratas e do PMDB a Doria.
Fernando Haddad (Partido dos Trabalhadores): Enquanto o ex-presidente faz sua caravana pelo Nordeste, o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad ocupa o posto de plano B. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) já disse que não disputaria com Lula e flerta com a eventualidade de formar chapa com Haddad.
Henrique Meirelles (Sem partido): Sem clareza de quem será e o que defenderá o candidato do PSDB, o governo dá sinais de que pode lançar nome próprio como o ministro Henrique Meirelles (Fazenda). A conjunção desses fatores leva analistas a apostarem que, se a eleição chegar ao segundo turno, terá candidatos com votação baixa.
Marina Silva (Rede Sustentabilidade): Em comparação, em agosto de 2013, salvo por Marina, que ainda não definira que sairia como vice de Eduardo Campos pelo PSB, o quadro era relativamente previsível, com Aécio disputando pelo PSDB e Dilma pelo PT. Mais uma vez, Marina não deixa claro se e como entrará na disputa. Sem estrutura partidária robusta e em meio à indefinição de Lula, ela se restringe a gestos: reuniu-se com artistas no Rio, em julho, uma vez na casa da empresária Paula Lavigne e outra na do ator Marcos Palmeira.
Jair Bolsonaro (Partido Social Cristão): No campo da militância de direita, Bolsonaro viaja o país há mais de um ano para falar de seu projeto nacional. Pretende deixar o PSC e se filiar ao Partido Ecológico Nacional (PEN) – que inclusive trocará de sigla para PATRIOTAS, à sua exigência – para viabilizar a candidatura. O seu adversário imediato é Doria, com quem pode vir a disputar a parcela mais centrista de seu potencial eleitorado.
Outros nomes
Ciro Gomes (Partido Democrático Trabalhista): Já disse que só disputaria se Lula não for candidato e flertou com a possibilidade de formar chapa com Haddad.
Tasso Jereissati (Partido da Social Democracia Brasileira): É apontado com o terceira via no PSDB diante do impasse paulista.
Rodrigo Maia (Democratas): Condução na crise do governo Temer o projetou para 2018.
Joaquim Barbosa (Sem partido): Sondado por Marina Silva e pelo PSB, admite refletir sobre candidatura.
Álvaro Dias (Podemos): Migrou para o Podemos para se lançar pré-candidato à presidência.
Chico Alencar (PSOL): Desistência de Luciana Genro abriu espaço para o deputado ser o nome do PSOL.
João Amoedo (Novo): Com reticência de Bernardinho, fundador do Novo está disposto a disputar.
* Texto complementar: Folha de S. Paulo