O jovem de 18 anos preso pela Polícia Civil, um dos suspeitos de ter assassinado o tatuador Francisco de Assis Costa Soares, de 28 anos – fato ocorrido nesta quarta-feira (19) em Mossoró, cidade da região Oeste potiguar, confessou ter usado um punhal para cometer o crime porque a vítima reagiu.
A intenção, segundo relato dele, era apenas fazer um assalto. Em depoimento, Sávio Emanoel da Silva disse que estava acompanhado de um adolescente de 15 anos, que também teria dado golpes no tatuador.
O G1 teve acesso à confissão do suspeito, preso ainda na noite da quarta.
O corpo de Chicão Tatuador, como era mais conhecido, foi encontrado à tarde, dentro de casa, onde funcionava o atelier. A residência fica na Rua Lopes Trovão, no Centro de Mossoró.
Consta no depoimento que o primeiro a chegar à residência foi o adolescente, dizendo-se interessado em fazer uma tatuagem. Em seguida, foi a vez do próprio Sávio entrar, também com o argumento de que queria fazer um desenho. Com os dois dentro do imóvel, eles anunciaram o assalto.
Sávio afirmou que foi o adolescente quem rendeu o tatuador e em seguida o golpeou com o punhal, ameaçando matá-lo caso ele reagisse. Em seguida, Sávio admite tê-lo segurado no chão, com o punhal encostado no pescoço da vítima, enquanto o menor saqueava a residência. Em determinado momento, Sávio conta que Chicão foi levado para o 1º andar da casa, onde o tatuador teria relutado e reagido, ocasião em que foram dadas novas cutiladas.
“Os golpes começaram no quarto da vítima e só foram terminar no corredor da residência”, relatou. Sávio ainda confessou que ambos, ele e o adolescente, deram várias punhaladas no corpo de Chicão quando o mesmo já estava caído.
Por fim, Sávio afirma ter ficado apenas com uma pulseira da vítima. E que outros pertences foram levados pelo menor, assim como o punhal usado no crime.
O suspeito admitiu também ser usuário de drogas, mas garante que nunca havia sido preso.
Em contato com o G1, o delegado Claiton Pinho revelou já ter a identificação do adolescente e que a polícia está trabalhando para tentar encontrá-lo. Ainda de acordo com o delegado, que é titular da Delegacia Especializada de Homicídios de Mossoró, o crime está elucidado e caracterizado como latrocínio (roubo seguido de morte).
Fonte: G1/RN