A menos de seis meses das
eleições, a presidente Dilma Rousseff (PT) se mantém na liderança da
disputa pelo Palácio do Planalto, segundo pesquisa divulgada nesta
terça-feira (29) pela CNT (Confederação Nacional do Transporte),
realizada pelo instituto MDA.
No entanto, o levantamento apontou que
Dilma caiu 6,7 pontos percentuais e tem agora 37,0% das intenções de
votos (ante 43,7% em fevereiro) caso disputasse o pleito contra Aécio
Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), cenário mais provável.
Tanto Aécio quanto Campos registraram
aumento nas intenções de voto neste cenário. Se o pleito fosse hoje, o
senador tucano receberia 21,6% (contra 17% na pesquisa anterior), e o
ex-governador de Pernambuco, 11,8% (9,9% em fevereiro).
O número de brancos e nulos chegou a
20,0% nesse cenário, e 9,6% dos eleitores não souberam ou não
responderam. Neste cenário, nenhum candidato pequeno foi incluído na
sondagem.
Em outro cenário, considerando oito
candidatos disputando o pleito, Dilma ainda assim lidera, com 36,4%;
Aécio aparece em segundo, com 21,2% e Campos em seguida, com 11,1%. Os
outros candidatos seriam Magno Malta (PR), com 0,6% dos votos; Pastor
Everaldo (PSC) com 0,4%; Randolfe Rodrigues (PSOL) com 0,4%; José Maria
Eymael (PSDC) com 0,4% e Levy Fidelix (PRTB) com 0,3%. Nesta situação,
brancos e nulos somam 19,0% e o percentual dos que não sabem ou não
responderam é de 10,2%.
Segundo turno
Se a disputa chegar ao segundo turno,
Dilma venceria o Aécio com 39,2% (em fevereiro tinha 46,6%) contra 29,3%
(ante 23,4%). Se a disputa fosse com Campos, Dilma teria 41,3% (em
fevereiro, tinha 48,6%) e Campos 24% (tinha 18% em fevereiro).
Nesses dois cenários, Dilma diminui a
vantagem de Dilma no segundo turno em relação aos dois candidatos em
relação à pesquisa anterior, de fevereiro.
No total, foram entrevistadas 2.002
pessoas, em 137 municípios de 24 unidades federativas das cinco regiões,
entre os dias 20 e 25 de abril.
A pesquisa também ouviu a opinião da
população a respeito de temas como saúde, segurança pública e custo de
vida, além dos programas “Bolsa Família” e “Mais Médicos”.
Foram ainda incluídas questões relativas
ao caso Petrobras e à aquisição da refinaria de Pasadena, nos Estados
Unidos. A compra da unidade pela estatal é alvo de investigação pela
Polícia Federal e TCU (Tribunal de Contas da União) sob suspeita de ter
representado prejuízo milionário. No Congresso, a disputa entre a base
aliada e a oposição sobre a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar
de Inquérito) para apurar as denúncias de irregularidades chegou até o
STF (Supremo Tribunal Federal).
A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
UOL