A vice-prefeita de Natal, Wilma de Faria, definiu que não será candidata a deputada federal nas eleições deste ano, preferindo, portanto, disputar o Governo do Estado ou o Senado. Ela disse em entrevista exclusive a ´O JORNAL DE HOJE no seu gabinete da vice-prefeitura no centro da cidade, que a decisão é baseada na pressão popular que está tendo nas suas visitas ao interior. “Existe uma pressão para que eu volte ao governo, assim como apoio popular para uma candidatura ao Senado”, disse a vice-prefeita, acrescentando: “é uma espécie de onda positiva construída pela base”. Mostrando-se tranquila e confiante com relação ao pleito estadual deste ano, Wilma de Faria entende que a candidatura de Eduardo Campos à presidência da República não terá nenhuma interferência nas composições políticas que o PSB fará no Rio Grande do Norte. “O presidente do partido já liberou o partido para as alianças que serão feitas independentemente da decisão nacional”, disse ela. Seguem tópicos da entrevista da vice-prefeita de Natal:
CENÁRIO POLÍTICO
Passa por mudanças em função de que a maior parte dos partidos que apoiavam a governadora afastaram-se dela. Para 2014 tudo continua indefinido. Mas, chegou um ano novo e as conversas começam a acontecer com mais frequência. Temos até 30 de junho para as convenções e as definições de nomes começam a ser debatidas para que tudo seja definido até lá. A posição hoje é de continuar dialogando e as posições definitivas sejam tomadas a partir desses diálogos.
POSIÇÃO DO PSB
Ainda não houve nenhuma definição dos partidos, inclusive por parte do PSB, portanto, sobre esse assunto não posso me pronunciar. O nosso partido está intensificando as conversações e os entendimentos com vistas às eleições deste ano.
TEOR DAS CONVERSAS
Temos conversado muito sobre as dificuldades que o Estado apresenta em razão da deficiência do governo com relação a serviços essenciais e obras estruturantes não concluídas. Constatamos que muita coisa está parada nos setores de saúde, educação e principalmente na assistência ao homem do campo e social, prejudicando assim, a população como um todo.
AÇÕES POSITIVAS
As únicas coisas que o governo festeja como vitória são obras iniciadas e contratadas no meu governo junto com o Governo Federal. Cito como exemplo, o Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, Arena das Dunas, Barragem de Oiticica. Esta última, a contrapartida ainda não foi definida. Além de várias outras obras, inclusive adutoras e a nova entrada de Natal.
DEFINIÇÃO DO SEU NOME
Existe uma pressão popular para que eu volte ao governo, assim como também um apoio popular para uma candidatura ao Senado. É uma espécie de onda positiva construída pela base. É uma população que não tem partido e não tem chefe. Hoje, o povo não está admitindo candidatura minha a deputada federal.
INFLUÊNCIA DA CANDIDATURA DE EDUARDO CAMPOS
A campanha presidencial não está posta nas ruas. Temos um excelente pré-candidato, mas isso não tem nada a ver com as definições estaduais. O presidente do partido já liberou o PSB para as alianças que serão feitas independentemente daa decisão nacional.
MISSÃO DO FUTURO GESTOR
A partir de 2015 o futuro gestor terá uma missão importante, mas difícil porque o Estado está com seus serviços essenciais e obras estruturantes parados. O Rio Grande do Norte está sendo notícia negativa, não só na imprensa local. Para recuperar o Estado deve ser feito um planejamento estratégico, a curto, médio e longo prazos. Tem que haver definição de prioridades.
OJETIVOS DAS VISITAS
Estou visitando o interior cumprindo uma missão que a democracia nos impõe. E chamando a atenção sobre os problemas do Estado, principalmente a seca e a falta de assistência ao campo. A situação é grave e isso tem que ser mostrado para que as autoridades adotem providências visando melhorar a vida do povo.
Robson Pires/Raniele Gomes