Mulher é investigada por cadastrar filhos como servidores públicos e desviar mais de R$ 1 milhão da Secretaria de Saúde do RN, diz Polícia Civil
Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) no RN fachada prédio sede Natal — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Uma servidora da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) está sendo investigada pela Polícia Civil suspeita de cadastrar os filhos como servidores públicos do Estado e desviar mais de R$ 1 milhão dos cofres públicos em folhas de pagamento.
O esquema acontecia desde 2006, de acordo com a Polícia Civil, época em que um dos filhos tinha 4 anos de idade – ele foi cadastrado com dados falsos. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Combate à Corrupção e a Lavagem de Dinheiro (Deccor-LD). Os nomes dos investigados não foram divulgados.
Em nota, a Sesap disse que está cooperando com as investigações e que o trabalho foi iniciado a partir do trabalho de auditoria feito pela atual gestão da Sesap, que “instaurou uma sindicância administrativa e encaminhou as informações para os órgãos de controle investigarem”. O fato foi confirmado pela Polícia Civil.
A pasta reforçou que acompanhará as investigações e apresentará as informações necessárias.
A servidora e os filhos responderão pelo crime de peculato e ela também responderá por inserção de dados falsos em sistemas de informação da Administração Pública. Os pagamentos ilegais foram feitos de 2006 a 2022, ou seja, por 16 anos.
Esquema
A investigação identificou duas pessoas cadastradas como servidores públicos desde o ano de 2006 que nunca trabalharam nas unidades de saúde vinculada à Sesap.
Os policiais civis constataram, então, que eram filhos de uma servidora efetiva da pasta e que ela teria cadastrado os filhos como servidores públicos no sistema de folha de pagamento, tendo um deles 4 anos na época da inserção dos dados falsos.
Segundo a Polícia Civil, as inserções não se limitavam ao salário e abrangiam também adicional de insalubridade, plantões eventuais, gratificações e até abono de permanência. Também foi constatado pela Polícia Civil empréstimos consignados com desconto em folha.
*g1 RN