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Marinô Pascoal de Melo mostra o armário e a mochila onde estava o dinheiro (Foto: Tomás Baggio/G1) |
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A mãe dele, Neide Pascoal de Melo, diz ter ficado supresa quando
descobriu há poucos meses que o filho havia juntado a quantia. Segundo
ela, o dinheiro chegou a ser usado no ano passado, quando a casa em que
moram foi atingida por uma chuva de granizo.
“Quando teve a chuva de granizo no ano passado, ele perguntou quanto
custava para trocar as telhas furadas e me deu R$ 1,5 mil na mão. Eu
sabia que ele guardava algum dinheiro porque sempre via ele chegando com
o dinheiro do trabalho e guardando. Mas não fazia ideia de quanto
tinha. Eu só fui saber há pouco tempo, quando um neto meu precisou de
dinheiro e o Marinô resolveu emprestar. Então eu fui no quarto com ele,
separamos R$ 5 mil para emprestar e contamos o restante. Eram R$ 28 mil.
Depois disso, não mexemos mais no dinheiro”, conta a dona Neide.
Diante do questionamento inevitável sobre por quê o dinheiro não ficava
guardado em um banco, Marinô responde: “Eu nunca soube mexer com essas
coisas, nunca tive nada no banco. Há um tempo atrás, a minha mãe chegou a
abrir uma poupança para mim, mas eu dependia da minha irmã para ir lá
colocar o dinheiro. Como ela estava sempre ocupada, acabei juntando aqui
mesmo”, conta ele.
Agora, diz Marinô, o jeito é continuar trabalhando. Após a notícia do
roubo se espalhar, a casa em que Neide vive com três dos seis filhos
está cada dia mais movimentada. A mãe de Marinô conta que os vizinhos se
sensibilizaram com a história, e que a vontade de todos é que o ladrão
seja encontrado. A ocorrência do furto foi registrada na 126ª DP (Cabo
Frio), que vai investigar o caso.
“Olha, eu sei que recuperar o dinheiro é quase impossível. Para ser
sincera, nem tenho muita esperança disso. A nossa esperança mesmo é que
consigam descobrir quem fez essa maldade com a gente”, diz, muito
triste, Dona Neide.
Fonte; G1