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Alexandre Honagen, da Divisão de Direitos Humanos
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O suposto grupo de extermínio
desarticulado pela Polícia Federal, nesta terça-feira (6), era, de acordo com a
própria PF, bastante organizado e já tinha praticado pelo menos 22 homicídios.
A maioria das mortes era praticada por encomenda, cujo valor poderia chegar até
R$ 50 mil. No entanto, o bando também matava de graça, por amizade, ou por
interesses próprios.
Alexandre Honagen, diretor da
Divisão de Direitos Humanos, que comandou as investigações, o grupo mostrou
desapego à vida. “Eles matavam até mesmo para estrear uma pistola nova ou
porque alguém tinha brigado com algum amigo. Por isso, consideramos que essas
pessoas são de alta periculosidade, pois também descobrimos que planejavam
matar uma delegada, um promotor e um agente da Polícia Federal”, revela.
Ainda de acordo com Alexandre, o
grupo tinha pessoas especializadas em levantar informações sobre a rotina das
vítimas e também tinha pessoas que praticavam as execuções. “Geralmente saiam
em três para matar, sendo que um executava a vítima e os outros dois auxiliavam
na fuga e na escolta”, comentou.
O grupo de extermínio foi
desarticulado durante a Operação Hecatombe, deflagrada nesta terça. Até o
momento, 17 pessoas foram presas, sendo sete delas policiais militares. A
Polícia Federal, no entanto, não divulgou os nomes dos suspeitos. Cerca de 215
policiais federais estão dando cumprimento a 21 mandados de prisão, nove
mandados de condução coercitiva e 32 mandados de busca e apreensão nos
municípios de Natal/RN, São Gonçalo do Amarante, Parnamirim e Cerro-Corá.
Fonte:
Portal BO