Perversidade: Adolescente que estava desaparecida foi espancada até a morte por suspeito, diz polícia
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Suspeito foi preso em uma operação das equipes de investigação e confessou o crime. — Foto: Reprodução
A adolescente de 12 anos, Maria Fernanda da Silva Ramos, que foi encontrada morta nesta segunda-feira (4) após passar quatro dias desaparecida, foi espancada até a morte. É isso que acredita o delegado responsável pelo caso, Márcio Lemos. A informação será confirmada pela perícia.
O homem preso pelo assassinato de Maria Fernanda é um pedreiro de 35 anos e ex-vizinho da família da adolescente no bairro Golandim.
De acordo com informações fornecidas pela Polícia Civil, atualmente o homem mora com a esposa em Macaíba e tem 5 filhos pequenos, sendo 4 meninas. Depois do crime, ele fugiu para casa de parentes no distrito de Arenã, no município de São José de Mipibu.
O suspeito de assassinar a adolescente irá responder por três crimes, sendo: estupro de vulnerável, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Se condenado, as penas somadas ultrapassam os 50 anos de cadeia.
Segundo o delegado Márcio, as imagens mostram que aparentemente Maria Fernanda estava esperando o homem, que a buscou por volta das 12h30 na Avenida Tomaz Landim.
“As 14h30, ele já retorna, então já tinha acontecido a questão da violação sexual e da ocultação de cadáver, o homicídio. Na versão dele, ele diz que houve um desentendimento, então a gente acredita que tenha sido o não consentimento dela, que evoluiu para um estupro, ela correu, tentou fugir e ele confirma que foi um espancamento”, explicou o delegado.
O suspeito não possui um histórico criminal, mas a polícia está traçando o perfil para entender se existe algum crime anterior da mesma natureza.
“O perfil é um próximo passo importante, até para saber se existe a possibilidade de ele já ter cometido algum crime da mesma natureza, porque ele demonstrou uma frieza e um conhecimento muito grande de se desfazer das provas”, explicou o delegado.
O veículo em que o homem pega a adolescente foi incendiado depois que as informações do carro começaram a ganhar repercussão.
O corpo de Maria Fernanda foi encontrado em uma mata perto da BR-101, em Extremoz. Após a prisão, foi o próprio suspeito que levou a polícia até o local.
Entenda o caso
Maria Fernanda desapareceu na quinta-feira (31) após sair de casa em direção à escola, em São Gonçalo do Amarante. A família registrou o boletim de ocorrência na Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal na manhã da sexta-feira (1º).
A adolescente, que morava com a família no bairro Golandim, na Rua Santa Margarida Maria, passou a manhã em um projeto social do bairro, onde participava de aulas de reforço e atividades esportivas. Em seguida, voltou para casa, se preparou e saiu em direção à Escola Municipal Genésio Cabral, onde estudava no turno da tarde.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/W/f/uuoT4QT7elIcd1owQwdg/whatsapp-image-2024-11-01-at-11.18.30.jpeg)
Maria Fernanda, de 12 anos, desapareceu ao sair de casa para a escola na Grande Natal — Foto: Cedida
No caminho, passou novamente em frente ao projeto social, mas não chegou à escola. Testemunhas afirmaram ter visto a jovem entrando em um carro vermelho, possivelmente uma Strada, conforme informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).
No domingo (03), a Polícia Civil do Rio Grande do Norte informou que ouviu o homem que aparece em imagens entregues pela família, conduzindo um carro vermelho que circulava na região do desaparecimento de Maria Fernanda.
O delegado Márcio Lemos, diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), declarou que os investigadores descartaram o envolvimento do homem no caso.
Na segunda (04), o corpo de Maria Fernanda foi encontrado e o principal suspeito confessou o crime após ser preso. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte.
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