Pesquisa revela que 60% dos brasileiros que não têm o que comer possuem aparelho celular
Conforme os dados do levantamento, que foi divulgado por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2013), também é comum no Brasil que famílias em situação de insegurança alimentar grave possuam aparelhos televisivos (88%).
Para a psicóloga Fernanda Costa, os dados apresentados pelo IBGE confirmam uma tendência já estudada entre os especialistas, de que a sociedade tem se tornado mais consumista independente de sua situação financeira. Para ela, os programas sociais do Governo Federal ampliaram o poder de compra das camadas mais populares, que muitas vezes não conseguem criar prioridades na hora de economizar e investir.
A secretária Janaíne Milene, porém vai de encontro aos dados da pesquisa.
“Ter ou não ter um celular nunca foi prioridade para mim. Eu vejo as pessoas comprando aparelhos e se endividando, e sei que isso não é importante. Possuo um aparelho mais antiquado e até ele mesmo é um pouco inutilizado, já que em meu trabalho tenho à disposição outros aparelhos telefônicos”, comentou Janaíne.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2013) revela que mais de um terço da população do Nordeste ainda vive com o fantasma da insegurança alimentar, quando faltam recursos para a compra de alimentos. Os dados, que se referem ao ano passado, colocam o Nordeste como a região mais preocupante no que tange a alimentação.
O levantamento apontou que 38,1% dos nordestinos viviam sob o risco de fome em 2013, número menor do que em 2004 (53,5%) e 2009 (46,1%).
Entre os Estados, Maranhão e Piauí apresentaram os maiores números de casas com algum tipo de risco alimentar, respectivamente de 23,7% e de 19%, em 2013. Em 2009, estes Estados também eram os que tinham maior percentual de insegurança alimentar, com 31,2% e de 22,7%.