Petistas podem se dividir em 2014 no RN

As discussões em torno de candidaturas do Partido dos Trabalhadores
às eleições do próximo do Rio Grande do Norte se tornaram públicas.


E elas revelam mais do que simples divergências – muito naturais no
PT – entre alguns dos principais nomes do petismo no Estado: o deputado
estadual Fernando Mineiro e a deputada federal Fátima Bezerra.


Fernando Mineiro, que já disse publicamente que foi candidato a
prefeito de Natal em 2012 sem ter o total apoio do partido no Estado e
também do PT nacional, defende candidatura própria ao governo do Estado
em 2014.


Fátima Bezerra tem outros projetos em mente. A deputada federal quer
ser candidata ao Senado. Tem se aproximado de prefeitos de diversos
partidos e aposta no trabalho na área da Educação para pavimentar seu
caminho.


O problema é que Fátima Bezerra para garantir uma candidatura forte
ao Senado precisa estabelecer alianças com outros partidos que formam a
base aliada do governo da presidente Dilma Roussef.


E essas alianças passam pelo PMDB que há até bem pouco tempo era
aliado de Rosalba Ciarlini e continua próximo do DEM de José Agripino
Maia, nomes que o PT não quer nem ouvir.


O problema, para muitos petistas, é justamente esse. O PT ficar a
reboque de uma aliança com o PMDB que poderá fechar coligação
proporcional que inclua DEM, PR e outros.


O PSB, que era um aliado próximo e importante, se tornou incômodo. A
candidatura de Eduardo Campos e a aliança com Marina afastam o PT do
PSB, Mineiro e Fátima de Wilma de Faria.


Tudo indica, pelo andar da carruagem, que o PT não marchará unido nas
eleições do ano que vem. O diretório estadual aprovou conversações com
outros partidos, autorizando a deputada Fátima Bezerra a viabilizar sua
candidatura ao Senado.


Parte do PT insistirá em candidatura própria ao governo, insistindo
que a montagem de palanques duplos poderá causar estragos nas
candidaturas do partido.


Poderá se repetir a mesma situação da campanha eleitoral de Natal em
2012: parte do PT querendo candidatura própria, outra parte pensando em
alianças e projetos futuros.


O que é uma simples divergência pode virar uma cisão.


É aguardar pra ver.
Fonte: BG
Postado em 31 de outubro de 2013