Polícia prende segundo suspeito de matar enfermeira em Natal
Faca estava na mão do suspeito de participar da morte de enfermeira preso nesta sexta (19) — Foto: Divulgação/PCRN
A Polícia Civil prendeu nesta sexta-feira (19) o segundo suspeito de participar da morte da enfermeira aposentada Soraia Pereira Sátiro, de 66 anos de idade, ocorrida no último dia 12 de julho. A mulher foi morta a facadas dentro de casa, em Capim Macio, na Zona Sul de Natal, durante um assalto planejado pelo próprio sobrinho que morava com ela, segundo a polícia.
O suspeito preso nesta sexta tem 21 anos de idade e, segundo a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), era amigo do sobrinho de Soraia – que já havia sido preso na quarta-feira (17) em São Paulo (SP), para onde fugiu após o crime.
O suspeito detido nesta sexta havia se apresentado espontaneamente na delegacia na segunda-feira (15), na presença de um advogado, para prestar depoimento e, segundo a polícia, colaborou com a investigação.
A prisão aconteceu após o mandado de prisão ser expedido pela Justiça do Rio Grande do Norte. A investigação da DHPP apontou que ele e o sobrinho de Soraia foram os únicos participantes do crime.
O suspeito preso nesta sexta apareceu com uma faca na mão – que teria sido usada no crime, segundo a Polícia Civil – em um vídeo registrado pelas câmeras de segurança da casa (veja acima). Os dois suspeitos teriam chegado ao local do crime já com a faca, de acordo com a investigação.
Sobrinho foi autor intelectual do crime, diz polícia
Soraia foi morta com golpes de faca na sexta-feira passada (12), por volta das 17h, segundo a investigação – inicialmente a polícia acreditava que o crime teria ocorrido no sábado (13), quando o corpo dela foi encontrado pela filha.
Segundo a Polícia Civil, o sobrinho de Soraia, que foi preso em São Paulo, é o “autor intelectual do crime”, tendo premeditado a ação. A intenção dele, segundo a investigação, era roubar a tia, com quem morava há cerca de 3 meses, mas assumindo o risco de matá-la.
No crime, foram roubados o carro de Soraia – encontrado na quarta-feira em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal-, joias, celulares, cartões de crédito e dinheiro.
“É um crime bárbaro, com requintes de crueldade, cometido pelo sobrinho, que foi acolhido no seio familiar da vítima, exatamente por já ter cometido um crime patrimonial contra outra tia, subtraído joias”, explicou o delegado Márcio Lemos, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
“A tia o acolheu, situação essa que favoreceu ele ter acesso a senhas, então cresceu o interesse dele em continuar nessa autoria delitiva”, acrescentou.
Segundo o delegado, ele “cooptou” um amigo de faculdade “dizendo que seria um crime fácil, já que ele tinha acesso a senhas, e que ele iria só roubar”.
“Só que ele já foi todo premeditado. Eles já foram com a intenção de assumir esse risco, entraram com o armamento branco, com a faca – e houve diversos golpes de faca. A situação evoluiu e culminou com essa morte grave”, completou.
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Suspeitos não assumiram facadas, diz DHPP
A polícia informou que nenhum dos dois suspeito assumiu a autoria dos golpes de faca. A delegada Liana Aragão, da DHPP, no entanto, explicou que, para a investigação, os dois cometeram o mesmo crime.
“O autor intelectual foi o próprio sobrinho. Mas nas câmeras a gente percebe é que quem entra e sai com a faca é o outro. O que a gente não pode precisar é quem desferiu o golpe. O que aconteceu lá dentro a gente não pode afirmar”, explicou.
“Mas, para investigação, a nível de identificação de autoria de crime, não faz tanta diferença, porque os dois estavam presentes na ação criminosa. Os dois executaram o crime, os dois entraram pra roubar, os dois estavam quando aconteceu o óbito”, concluiu.
Soraia foi morta com golpes de faca dentro de casa, em Natal — Foto: Redes sociais
Sobrinho fez compras em lojas após o crime
A investigação da DHPP apontou ainda que o sobrinho da vítima, após o crime, fez compras em “lojas caras” em shoppings e gastou o dinheiro roubado em uma festa. Em seguida, ele fugiu para São Paulo, onde foi detido.
“O sobrinho é um sujeito frio, que premeditou. No dia que cometeu o crime ele foi para o shopping, fez diversos gastos em lojas caras e foi pra festas”, disse o delegado Márcio Lemos, da DHPP.
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