Política de preços da gasolina é perversa, dizem donos de postos
Em carta divulgada nesta quarta (16), a Fecombustíveis (Federação do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes) diz que a política é perversa e que vem gerando dificuldades financeiras no setor de revenda.
Segundo a Fecombustíveis, entre 1º de julho de 2017 e 15 de maio de 2018, diz a entidade, a gasolina nas refinarias teve aumento de 42,25%.
Nas bombas, o aumento acumulado é de 21,28%, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
Nas últimas semanas, com a escalada do petróleo e do câmbio, os reajustes têm se intensificado.
Entre o dia 30 de março e o dia 15 de abril, por exemplo, a alta da gasolina nas refinarias foi de 17%. No diesel, foram 20%.
A Fecombustíveis reconhece que a gestão da estatal tem melhorado suas contas e a atração de investidores, mas questiona o custo para o consumidor. “É injusto que o povo brasileiro, no meio de uma longa crise econômica, seja sacrificado para beneficiar uma única empresa que foi criada e se desenvolveu em cima do monopólio da indústria do petróleo.”
A entidade também critica a alta carga tributária, que representa cerca de 50% do custo final da gasolina.
“Caberia ao governo federal atuar com ferramentas cabíveis dentro da política energética para atenuar os efeitos das oscilações de preços dos combustíveis à sociedade, revendo a questão tributária”, diz o texto.