Rebeliões em série deixam 125 mortes e agravam crise no sistema
Detentos carregam os corpos em Alcaçuz – Foto Josemar Gonçalves |
O sistema penitenciário evidenciou novamente seu descontrole no último final de semana após mais uma rebelião causada por uma guerra de facções criminosas, elevando o número de mortes em presídios para 125 este ano. Dessa vez, os detentos tomaram o controle da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Região Metropolitana de Natal, por 14 horas. Havia 26 mortos confirmados pelas autoridades até a noite de domingo. A maioria deles teria sido decapitada.
Esse é o terceiro massacre em 15 dias. Antes, foram registradas mortes em penitenciárias do Amazonas, de Roraima e Paraíba. No fim de semana, também houve três fugas de 76 presos no Paraná, em Minas Gerais e na Bahia.
Esse é o terceiro massacre em 15 dias. Antes, foram registradas mortes em penitenciárias do Amazonas, de Roraima e Paraíba. No fim de semana, também houve três fugas de 76 presos no Paraná, em Minas Gerais e na Bahia.
Há duas semanas, quando já haviam acontecido dois massacres, o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, disse que a situação “não estava fora do controle”.
Dessa vez, Moraes esteve em contato permanente com o governo local e autorizou a liberação de recursos federais para reforçar a segurança no presídio de Alcaçuz. O presidente Michel Temer usou o Twitter para informar que estava acompanhando a situação e que colocou os recursos de sua gestão à disposição do governo estadual.
Dessa vez, Moraes esteve em contato permanente com o governo local e autorizou a liberação de recursos federais para reforçar a segurança no presídio de Alcaçuz. O presidente Michel Temer usou o Twitter para informar que estava acompanhando a situação e que colocou os recursos de sua gestão à disposição do governo estadual.
O presidente, que chegou a classificar os massacres de “acidente pavoroso”, se reúne com secretários estaduais de Justiça na terça-feira, quando espera adesão ao Plano Nacional de Segurança Pública.
A rebelião na Região Metropolitana de Natal durou 14 horas e foi iniciada no final da tarde de sábado. Dos 26 corpos encontrados, dois estavam carbonizados e “a maior parte”, segundo autoridades locais, estaria decapitada. De acordo com o diretor do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), a perícia dos corpos deve durar em torno de 30 dias.
A rebelião na Região Metropolitana de Natal durou 14 horas e foi iniciada no final da tarde de sábado. Dos 26 corpos encontrados, dois estavam carbonizados e “a maior parte”, segundo autoridades locais, estaria decapitada. De acordo com o diretor do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), a perícia dos corpos deve durar em torno de 30 dias.
O governo do estado ainda não divulgou a lista com os nomes das vítimas e nem deu dados de quando isso vai ocorrer.
De acordo com o secretário de Justiça e Cidadania, Wallber Virgulino, a segurança em Alcaçuz é muito frágil e o policiamento foi reforçado para que não haja fugas da unidade. Ele também confirmou que todos os mortos eram integrantes do chamado Sindicato do RN, facção rival ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com o secretário de Justiça e Cidadania, Wallber Virgulino, a segurança em Alcaçuz é muito frágil e o policiamento foi reforçado para que não haja fugas da unidade. Ele também confirmou que todos os mortos eram integrantes do chamado Sindicato do RN, facção rival ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
O secretário não quis relacionar as mortes a uma retaliação ao massacre ocorrido em presídios de Manaus, onde 64 membros do PCC foram mortos por facção local. Segundo a Polícia Civil, seis presos prestarão depoimento na Divisão de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) a uma comissão especial formada por delegados.
Equipes de delegados da DHPP e 15 homens fizeram a perícia dos locais de crime.
Equipes de delegados da DHPP e 15 homens fizeram a perícia dos locais de crime.
A Polícia Militar continua com o patrulhamento externo, com o helicóptero Potiguar 01, com o Batalhão de Choque e Batalhão de Operações Especiais (Bope) fazendo a contenção e recontagem dos presos e na intensificação do trabalho nas guaritas da unidade. De acordo com o secretário de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), Caio Bezerra, foi pedida ajuda ao governo federal para que o efetivo da Força Nacional no Rio Grande do Norte aumente, atualmente 60 oficias da estão no estado.
*Por O globo
Postado em 16 de janeiro de 2017