RN teve maior número de mortes de bebês com microcefalia do Brasil

O Rio Grande do Norte é o estado com maior número de mortes de bebês com microcefalia no Brasil. Os dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo Ministério da Saúde mostram que o RN teve sete óbitos de recém-nascidos com malformação na cabeça e suspeita de infecção pelo vírus Zika. Os casos ainda estão em investigação para confirmar a causa das mortes.

O Ministério da Saúde registrou 106 casos suspeitos de microcefalia no Rio Grande do Norte até 5 de dezembro. O estado é o quarto em casos suspeitos, atrás de Pernambuco (804), Paraíba (316) e Bahia (180). 


O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, decretou situação de emergência por causa do aumento no número de casos no estado.

No total, o Ministério da Saúde identificou 1.761 casos suspeitos de microcefalia em 422 municípios de 14 unidades da federação. 


Desde o dia 7 de dezembro, o Ministério da Saúde passou a adotar, em consonância com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, a medida padrão da Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 32 centímetros, para a triagem de bebês suspeitos de microcefalia. Até então, a medida utilizada pelo Ministério era de 33 centímetros. 

A iniciativa teve como objetivo incluir um número maior de bebês na investigação, visando uma melhor compreensão da situação. O ministério também esclarece que o perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê. Assim, na maioria das crianças que nascem após nove meses de gestação, o crânio com 33 cm de diâmetro é considerado normal para a população brasileira, podendo haver alguma variação para menos, dependendo das características étnicas e genéticas da população. 


 Protocolo 
 O Ministério da Saúde elaborou um protocolo emergencial de vigilância e resposta aos casos de microcefalia relacionados à infecção pelo Zika. O objetivo do protocolo é passar informações, orientações técnicas e diretrizes aos profissionais de saúde e equipes de vigilância. O material foi elaborado a partir das discussões entre o Ministério da Saúde e especialistas de diversas áreas da medicina, epidemiologia, estatística, geografia, laboratório, além de representantes das Secretarias de Saúde de estados e municípios afetados. 

 O protocolo contém orientações como a definição de casos suspeitos de microcefalia durante a gestação, caso suspeito durante o parto ou após o nascimento, critérios para exclusão de casos suspeitos, sistema de notificação e investigação laboratorial. Além disso, há orientações sobre como deve ser feita a investigação epidemiológica, dos casos suspeitos e sobre o monitoramento e análise dos dados. Por fim, o protocolo traz informações sobre o reforço do combate ao mosquito Aedes aegypti. 
 Fonte: G1
Postado em 9 de dezembro de 2015