Sesed identifica preso que gravou vídeo com ameaças a juiz e diretora de Alcaçuz
Foi identificado o preso que aparece em um vídeo divulgado em redes sociais fazendo ameaças à diretora de Alcaçuz, Dinorá Simas, e ao juiz de Execuções Penais, Henrique Baltazar. Nas imagens, que ganharam repercussão após o vídeo ser compartilhado no WhatsApp, o detento Jacson Henrique canta um ‘rap’ e diz que os criminosos “vão queimar em pedaços” a diretora da unidade e matar a tiros de fuzil o magistrado.
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed-RN) confirmou durante a manhã desta quinta-feira (26) que o detento foi identificado ainda ontem.
A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed-RN) confirmou durante a manhã desta quinta-feira (26) que o detento foi identificado ainda ontem.
Agentes penitenciários do setor administrativo observaram as fotos dos detentos e compararam com as imagens do vídeo. De acordo com a assessoria de comunicação da pasta, o apenado foi retirado do pavilhão onde estava para que sejam tomadas as providências legais.
No vídeo, o detento mostra o rosto e afirma que os criminosos vão “queimar os pedaços” de Dinorá Simas e matar o juiz com tiro de fuzil. Segundo a música, “o crime está organizado” e vai atuar como terroristas.
O detento será ouvido pelo Ministério Público hoje a tarde e responderá a novo processo por ameaça de morte. Dinorá Simas e Henrique Baltazar farão um boletim de ocorrência na delegacia de Nísia Floresta.
Reação
Com 30 anos de magistratura, Henrique Baltazar afirmou que já recebeu, pelo menos, 30 graves ameaças de morte e disse que essa não está entre as mais preocupantes. No entanto, ele afirma que o caso já foi informado ao Ministério Público para que sejam tomadas as providências cabíveis.
“Trata-se de um crime de ameaça que está sendo praticado. Por isso deve ser punido.
Como ele mostra o rosto, não será difícil de identificar quem é e saber em qual unidade ele está preso”, resumiu.
Para o magistrado, o detento deve ter sido encorajado pelos demais presos a fazer a música por saber escrever. “Não gosto muito do estilo. Ele até que tem um ritmo bom, mas a letra é pobre demais”, ironizou o magistrado.
Da Tribuna do Norte
Postado em 26 de março de 2015