Sete meses após a Copa, já têm quatro Elefantes Brancos!
Um dos grandes temores em relação à Copa do Mundo no Brasil foi em relação aos gastos com obras pouco necessárias.
E nem houve necessidade de tanto tempo para constatar que muitos dos R$ 7,09 bilhões investidos na construção e reforma dos 12 estádios do Mundial foram pelo ralo.
Quatro arenas já se tornaram elefantes brancos, como o meio do futebol costuma se referir a estádios pouco aproveitados. Mané Garrincha, Castelão, Fonte Nova e Arena da Amazônia ainda não receberam qualquer partida dos campeonatos estaduais de Brasília, Ceará, Bahia e Amazonas, respectivamente.
Nenhuma partida! A justificativa de Brasiliense, Ceará, Fortaleza, Bahia e companhia é de que os custos dos estádios “padrão Fifa” são muito altos e inviabilizam os jogos. Aluguel, contratação de organizadores e outras despesas fazem com que os descontos na renda invariavelmente sejam mais altos até do que as arrecadações.
Detalhe importante: 20 dos 35 jogos do Campeonato Brasiliense aconteceram em estádios com portões fechados, pois os estádios Abadião, Augustinho Lima e Serejão não têm laudos. Ou seja, os clubes têm preferido jogar sem público do que abrir os portões do Mané Garrincha, que custou R$ 1,9 bilhão – é o terceiro estádio mais caro do mundo.
Já o Bahia, que ficaria com a Fonte Nova, tem preferido mandar suas partidas no estadual no Pituaçu. Desta maneira, foi possível baixar o preço dos ingressos e atrair mais público – a única vez do Tricolor na Fonte Nova foi em partida da Copa do Nordeste, contra o Campinense.
A consequência? Prejuízo de R$ 80 mil, em função dos 3.666 pagantes. No Ceará, os dois grandes de Fortaleza já anunciaram a preferência pelo Presidente Vargas, estádio com capacidade para no máximo 20 mil pagantes e que foi reforçado por R$ 48 milhões.
Já o Castelão, palco cearense do Mundial, está com as portas fechadas depois de ter custado R$ 700 milhões. Em Manaus, a Arena da Amazônia só foi utilizada neste ano durante um torneio amistoso entre Flamengo, Vasco e São Paulo.
No campeonato local, os clubes têm fugido a todo custo do elefante branco de R$ 670 milhões.
Fonte: Yahoo
Postado em 28 de fevereiro de 2015