Solo em Maceió se move e cidade pode afundar; Moradores deixam às pressas área
Colapso. É isso que está prestes a acontecer em Macaió, uma das principais capitais do Nordeste e referência em turismo para muitos brasileiros – inclusive, potiguares.
Nas últimas 48 horas, foi registrado um afundamento de 1 metro e 6 centímetros do solo de parte da cidade. Antes, esse afundamento vinha sendo de 50 cm por dia. O aumento de 3 cm para cada 24 horas foi considerado uma aceleração da movimentação.
Na quarta-feira (29), a Defesa Civil havia emitido alerta crítico sobre o “risco iminente de colapso em uma das minas sob monitoramento”, destacando a possibilidade de surgimento de cratera de proporções significativas.
Uma ordem judicial obrigou a Defesa Civil de Alagoas a evacuar, na madrugada desta quinta-feira (30), a área de Maceió que corre perigo iminente de colapsar e virar uma enorme cratera.
Vários bairros da capital alagoana estão isolados devido aos danos ao subsolo causados pela mineração da Braskem, e uma região específica, no bairro do Mutange, se tornou um problema crítico esta semana, com risco de desabamento.
CULPADA
O problema em torno do afundamento na região em que estão localizadas 35 minas de sal-gema da Braskem só veio à tona em março de 2018, quando um forte tremor atingiu a área. Reportagem especial do Metrópoles mostrou a tragédia provocada pela mineração no local.
A Braskem é obrigada pela Justiça a indenizar os afetados, mas os processos muitas vezes se arrastam por anos, segundo informou o Portal Metrópoles.