Suspeito admite assassinato e revela como matou auditor no interior do RN

Após mostrar onde estava o corpo do auditor Dinarte Bezerra, o principal suspeito do assassinato resolveu colaborar ainda mais com a polícia. Segundo o delegado Luiz Fernando, responsável pela investigação, o operador de telemarketing desempregado Dayvson André Silva de Oliveira, de 23 anos, confessou o crime. “Ele admitiu. Disse que matou a vítima após um desentendimento. Depois, levou o corpo até o local indicado e o enterrou”, afirmou. 

Os detalhes do assassinato constam em depoimento, mas não serão divulgados em respeito à família do auditor.

Dinarte Bezerra da Silva Filho tinha 36 anos, trabalhava na Riachuelo e morava com a família em Natal. A serviço, viajou no dia 21 de agosto para Mossoró, cidade da região Oeste potiguar. Foi a última vez que o viram com vida. O carro de Dinarte foi encontrado quatro dias depois do desaparecimento. Estava na cidade de Bento Fernandes, que fica a 200 quilômetros de Mossoró. 


Desde então, a família passou a cobrar respostas sobre o paradeiro de Dinarte.

O corpo do auditor só foi encontrado no último dia 14. Estava enterrado em um sítio na zona rural Taipu, município distante pouco mais de 50 quilômetros de Natal. Foi o próprio Dayvson quem apontou o local da cova. Segundo o Instituto Técnico de Perícia (Itep), Dinarte sofreu asfixia mecânica por estrangulamento.

“O importante é que descobrimos onde o suspeito escondeu o corpo. Mesmo com a confissão, continuaremos as investigações, pois ainda acreditamos que o Dayvson não agiu sozinho”, ressaltou Luiz Fernando. Ainda de acordo com o delegado, o suspeito foi indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte) e ocultação de cadáver. 


Dayvson André e Dinarte Bezerra tinham um caso amoroso. Com o sumiço do auditor, Dayvson logo se tornou suspeito e acabou preso no dia 27. Com ele foram encontrados três cartões de crédito da vítima.

“Ele usou os cartões em lojas e até pagou um tratamento odontológico”, revelou Luiz Fernando. Ainda de acordo com o delegado, em apenas um dos cartões foram gastos R$ 6 mil. “Estamos aguardando o saldo dos outros dois”, acrescentou. Além dos cartões, o fato de o carro do auditor também ter sido levado motivaram o delegado a indiciar o suspeito pelo crime de latrocínio.

Após 20 dias na cadeia, Dayvson apontou o local onde estava o corpo de Dinarte. Naquele mesmo dia, teve a prisão temporária convertida em preventiva. 

*Fonte: G1/RN.
Postado em 20 de setembro de 2016