Suspeito por morte de psicóloga se diz arrependido; delegado aguarda exames

O suspeito pela morte da psicóloga Natália Tâmara Macêdo, Carlos André dos Santos, esteve no Itep na manhã desta segunda-feira (25), onde foi submetido a exame de corpo de delito e toxicológico. Ao chegar, o suspeito, que confessou o homicídio, disse que estava arrependido pelo crime e garantiu que não tinha a intenção de matar a vítima.
Pelo relato dado por Carlos André, o objetivo dele não era matar a psicóloga, mas também não havia a intenção de abusar sexualmente da vítima. 

Segundo ele, o homicídio ocorreu porque ela teria reagido agressivamente a um elogio que o homem fez dentro de casa e, inclusive, ela teria usado a faca para feri-lo.

“Não tinha intenção de matar, mas aconteceu na discussão. A culpa é minha, estou arrependido e peço desculpas à família dela”, disse o suspeito.

Apesar do relato, a polícia afirma que a versão dada pelo suspeito não condiz com os indícios encontrados. 


De acordo com o delegado Raimundo Rolim, ele sabia que a jovem estava sozinha em casa e que a mãe dela estava fazendo uma caminhada.
“Depois que a mãe da vítima sai para uma caminhada é que ele efetua uma ligação para o telefone da mãe. 


Quem atende é a filha. Ele sabia que a mãe da vítima não levaria o telefone para a caminhada. Então ele convidou a vítima para pegar umas frutas. Quando ela chega, ele dá uma cantada. Ele diz que a moça se assustou e a partir disso teriam travado uma luta corporal. Ele ainda não conseguiu me convencer como foram parar em cima da cama. Desconfiamos que possa ter havido, sim, violência sexual. 

Até porque o corpo foi encontrado sem calcinha”, explicou o delegado Raimundo Rolim, afirmando ainda que uma calcinha foi encontrada na caixa de descarga, no banheiro da casa onde a jovem foi morta.

Apesar de não confirmar a violência sexual, Rolim disse que foram constatadas lesões no corpo da vítima que apontam para requintes de crueldade contra a vítima. 


“Temos alguns resultados preliminares, o exame sexológico está indo agora para o laboratório, mas algumas características nos exames já realizados nos levam a perceber um requinte de crueldade. A vítima teve o pescoço quebrado. Ela teve duas fraturas na cervical. 

No exame cadavérico também foram constatadas algumas lesões graves. Uma delas na altura do peito, que atingiu uma artéria e provocou uma morte por sufocamento decorrente de um derrame sanguíneo interno muito intenso. Isso combina com o depoimento dele, de que após a segunda facada, ela teria desmaiado e ele continuou dando várias outras facadas até ela parar de respirar”, explicou Rolim. 

 A Polícia Civil aguarda o resultado dos exames para elucidar totalmente o crime. No entanto, a tendência é que o suspeito seja indiciado por homicídio triplamente qualificado.

Tribuna do Norte
Postado em 25 de maio de 2015