Tomba diz que governo do Estado retêm vacinas destinadas aos municípios
Em pronunciamento da manhã desta terça-feira, na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Tomba Farias (PSDB) acusou o governo Fátima Bezerra (PT) de reter cerca de 257 mil doses de vacinas, que deveriam ser destinadas aos municípios. O parlamentar também se posicionou contra o lockdown, “ da forma como está sendo feito”. Na sua opinião, a governadora tem que convocar a imprensa para explicar o motivo de a vacinação no Rio Grande do Norte está atrasada, diferentemente do que ocorre no vizinho estado da Paraíba (PB).
“De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram repassados 470 mil doses de vacinas Oxford e Coronavac para o Rio Grande do Norte. No entanto, apenas 212 unidades mil foram destinadas para os municípios. Em tese, o governo estaria retendo 257 mil doses”, disse Tomba Farias.
O deputado municipalista sugeriu à governadora Fátima Bezerra que convoque uma coletiva de imprensa, para explicar o que o povo quer saber: “Por que na Paraíba já está se vacinando pessoas com 64 anos, e no Rio Grande do Norte a vacinação só comtemplou até o momento quem tem até 74 anos?, questionou.
Destacando que o RN descamba para aproximadamente quatro mil óbitos decorrentes da COVID 19, o parlamentar cobrou mais agilidade do governo estadual e disse ser “inadmissível” o fato de o estado está prestes a vivenciar um “blecaute” de oxigênio. “O lockdown só não vai resolver. Temos que ser ágeis e tomar providências. É inadmissível não se ter oxigênio para suprir as necessidades dos municípios e do estado. Governadora, o seu governo, que fechou UTIs, fica só esperando pelo governo federal, que, aliás, é quem suprir o estado de oxigênio”, enfatizou.
Crítico do lockdown recomendado pelo Comitê Científico, Tomba Farias destacou que a população precisa ter condições de sobreviver. “Cadê o sindicatos dos ambulantes, os sindicatos que representam os pobres e oprimidos? Eles estão em silêncio, amordaçados, sem sair em defesa do pequeno trabalhador, que agoniza todos os dias. O povo quer trabalhar, as pessoas necessitam de sobreviver, para não morrer de fome”, destacou.
*Via Robson Pires