Três mortos, deslizamentos e ruas alagadas: Rio enfrenta mais um estágio de crise por causa da chuva
A tempestade que caiu no Rio de Janeiro na noite de ontem deixou três mortos na Zona Sul da cidade: um homem na Gávea e duas irmãs no Leme. A terça-feira começou com mais chuva. Às 4h20 da manhã, núcleos se formavam na Baixada e na Zona Norte. No início da madrugada, um deslizamento de terra atingiu o Morro da Babilônia, no Leme. Duas mulheres foram retiradas do lamaçal. Outras duas pessoas foram feridas, e um homem está desaparecido. A cidade entrou em estágio de atenção às 18h35 de segunda. Às 20h55, passou para o estágio de crise, o mais grave de três níveis de risco, segundo o Alerta Rio, sistema da prefeitura. Em quatro horas, choveu mais no Rio do que nos dias 6 e 7 de fevereiro, quando seis pessoas morreram em consequência do temporal. Trinta e nove sirenes foram acionadas em pelo menos 20 comunidades.
A Defesa Civil informou que até o fim da noite de ontem, foram feitas mais de mil e setecentas ocorrências. Por volta das 22h, um trecho da ciclovia Tim Maia caiu. Foi o quarto desabamento desde que ela foi inaugurada, em 2016. No primeiro, em abril do mesmo ano, duas pessoas morreram quando uma onda destruiu a via durante uma ressaca.
Em fevereiro do ano passado, em outro trecho, próximo ao túnel que liga São Conrado à Barra, também houve um desabamento. Em fevereiro deste ano, outra queda parcial, desta vez sem vítimas, durante outro temporal no Rio. O prefeito Marcelo Crivella declarou na noite desta segunda-feira que a chuva foi “atípica” e a Zona Sul foi a região mais atingida. O prefeito, que se reuniu com secretários no Centro de Operações, afirmou que órgãos da prefeitura trabalham sem parar para liberar as regiões com maiores problemas.
*Rádio Globo