‘Vape de vitaminas’ tem proibição da Anvisa, mas é vendido livremente na internet; profissionais de saúde alertam para os riscos
Foto: Reprodução.
Os cigarros eletrônicos com vitaminas tentam atrair mais usuários com a promessa de que ajude na saúde. Profissionais de saúde alertam que o ‘vape’ pode trazer diversos prejuízos.
Os cigarros eletrônicos são vetados no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que diz que é proibido comercializar e fazer propagandas, de qualquer dispositivo eletrônico seja para fumar ou pra suplementação de vitaminas, probióticos, enzimas e outros . A agência afirma que a fiscalização do comércio de cigarros eletrônicos é de responsabilidade de autoridades locais.
Anúncios na internet dizem que o produto dá energia, firmeza na pele e recupera músculos, mas são todos ilegais e perigosos, seja qual for a composição.
A Sociedade Brasileira de Pneumologia diz que estudos científicos mostram que o uso de cigarro eletrônico causa doenças não só respiratórias, mas gastrointestinais, na boca, entre outras.
O jornalista Leonardo Resende fez uso e passou mal. Com a promessa de uma absorção rápida pelo organismo, ele comprou o cigarro eletrônico que, segundo a propaganda do vendedor, teria uma associação de vitaminas, colágeno e glutamina. É anunciado e chamado na internet de ‘vape sem nicotina’, que não tem registro e a venda é proibida no Brasil.
“Me arrependi porque sempre que eu trago, dá aquela baixa na energia. A pressão cai, o estômago começa a doer. Então eu acho que está tendo mais ônus do que bônus, né?” , falou Leonardo.
Médicos alertam que formas farmacêuticas que podem ser utilizadas de suplementação alimentares têm indicação para uso oral, como comprimido, líquido, em barra ou em goma de mascar. E a dose tem que ser certa e com indicação médica.
“Hormônios, vitaminas, eles devem ter uma prescrição médica. Uma avaliação adequada. A gente não pode simplesmente ir ali na farmácia e tomar algo que a gente pense que vai ser benéfica para o nosso organismo. Pode ser realmente que trague um prejuízo muito maior”, explica Lucas Albanaz, clínico geral.
*Bom Dia Brasil/G1