Vinte reservatórios do RN já estão com menos de 20% da capacidade

O monitoramento dos reservatórios do Rio Grande do Norte
realizado pela Secretaria de Recursos Hídricos (Semarh) constatou que 20
açudes do Estado estão com o volume abaixo de 20% da sua capacidade
total. A situação é considerada crítica pela Coordenação de Gestão de
Recursos Hídricos da Semarh.


O levantamento mostra ainda que 40 reservatórios, dos 53 monitorados
pela Semarh, estão com o volume abaixo de 50% da capacidade total. “As
poucas chuvas que caíram no Estado esse ano não mudaram a nossa
realidade que hoje é considerada crítica”, disse a coordenadora de
Gestão de Recursos Hídricos da Semarh, Joana Darc Freire de Medeiros.


A região do Alto Oeste, de acordo com o monitoramento, é uma das mais
críticas em relação ao volume dos reservatórios. O açude Brejo,
localizado no município de Olho D’água do Borges, por exemplo, está com
6,06% da sua capacidade, de acordo com a medição realizada no dia 20 de
fevereiro. Outros reservatórios da região também estão em situação
crítica, como o Bonito II, no município de São Miguel, com 10,73% da
capacidade; e o Santo Antônio de Caraúbas, em Caraúbas, com 9,06%. No
Alto Oeste, o reservatório que está em melhor situação é o de Santa Cruz
do Apodi, com 56,34% da capacidade.


A barragem Armando Ribeiro Gonçalves – maior reservatório do Estado,
com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos – está com 49,16% da
sua capacidade total. Ainda de acordo com a última medição realizada
pela Semarh, outros importantes reservatórios do Rio Grande do Norte
encontram-se na seguinte situação: Poço Branco, 56,69%; Itans, 28,74%;
Mendubim, 44,18%; Sabugi, 20,86%; Pau dos Ferros, 19%; Gargalheira, 33%;
e Cruzeta, 16%.


Previsão


De acordo com a previsão dos meteorologistas da Empresa de Pesquisa
Agropecuária do rio Grande do Norte (Emparn), o semiárido nordestino
terá um inverno abaixo do normal e o litoral de normal a acima do
normal. Mesmo com essa previsão, os meteorologistas chegaram a
conclusão, após dois dias de análises, que não existem sinais evidentes
se o Nordeste terá um ano de chuvas normais ou não. Os parâmetros
observados, como as águas dos oceanos Pacífico e Atlântico, as Zonas de
Leste e a atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), não são
suficientes no momento para uma conclusão.

Fonte: G1 RN, por Fernanda Zauli
Postado em 26 de fevereiro de 2013