Wuhan, cidade chinesa onde começou o surto do novo coronavírus, proíbe comércio e consumo de animais silvestres
Mercado de rua em Wuhan, na China (em foto de 2016), agora fechado: hábito de compra de espécimes vivos Artur Widak/NurPhoto/Getty Images
Autoridades da cidade de Wuhan, capital da província de Hubei, na China, onde a pandemia do novo coronavírus começou, proibiram a caça e o consumo de animais silvestres, em uma medida para frear o comércio ilegal dessas espécies. A informação foi publicada pela China Global Television Network (CGTN), empresa estatal de informação, nesta quarta-feira, 20. A medida tem validade de cinco anos.
O documento governamental estabelece padrões para a criação dos animais permitidos, reforça a supervisão e a inspeção do consumo e eleva a repressão às atividades ilegais. Também reforça que serão feitas ações educativas para atingir a meta de reduzir o consumo desses animais.
É comum encontrar em mercados de animais silvestres espécies como cobras vivas, morcegos, tartarugas, porquinhos da Índia, texugos, ouriços, lontras e até mesmo filhotes de lobo.
O primeiro conjunto de casos de coronavírus no surto global foi vinculado a um mercado em Wuhan onde os animais vivos eram mantidos próximos, criando uma oportunidade para o vírus saltar para os seres humanos. Acredita-se que o vírus da SARS, que matou 800 pessoas em todo o mundo, tenha se originado em morcegos antes de se espalhar em um mercado na China e, finalmente, infectar pessoas em 2002.
A CGTN informa ainda que a China intensificou a repressão à caça e à exploração ilegal de animais selvagens desde fevereiro.
*Estadão